A escolha de Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central poderá trazer (ou não) algum alívio para o Planalto com uma queda na taxa de juros. Lula, contudo, perderá seu bode. Com a economia andando de lado, Roberto Campos Neto era um bode ideal.
Sem Campos Neto na vitrine, o bode ideal seria o presidente da Câmara, Arthur Lira, mas escalá-lo seria má ideia, pois sua caneta tem mais tinta.
Ademais, Dilma Rousseff resolveu brigar com Eduardo Cunha quando ele presidia a Câmara e deu-se mal.
Campos e as pressões
O doutor Roberto Campos Neto disse que Galípolo "vai passar por pressão, como eu passei". Uma parte da pressão, vinda de Lula e do PT, é conhecida. Se houve outras, bem que poderia revelá-las.
De qualquer forma, até hoje, Galípolo não foi votar vestindo uma camisa vermelha.