Lista foi desenvolvida por 200 cientistas de 50 países que estudaram mais de 1.600 pequenos organismos
REUTERS/Denis Balibouse
Doenças conhecidas pelos brasileiros, como zika vírus, dengue, febre amarela, monkeypox e chikungunya, também estão na lista
Apesar da resposta rápida contra o coronavírus, cientistas alertam que o risco de novas pandemias é real. Após a crise de coronavírus que atingiu o mundo em 2020, o temor por uma nova pandemia semelhante à Covid-19 ainda persiste. A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica 30 vírus ou bactérias que podem desencadear uma nova preocupação mundial, o dobro do que os relatórios anteriores. Em entrevista a Jovem Pan, o infectologista Renato Kfouri afirma que o mundo globalizado contribui para esse aumento. Os deslocamentos populacionais, o encurtamento das distâncias e as mudanças climáticas colocam o planeta sob risco de diversas doenças. Doenças clássicas de zonas tropicais, como a dengue, já são vistas na Europa e nos Estados Unidos, onde a chikungunya se espalha em novas regiões. A lista da OMS foi desenvolvida por 200 cientistas de 50 países, que estudaram mais de 1600 vírus e bactérias para realizar a classificação de acordo com o potencial pandêmico.
Siga o canal da Jovem Pan News e receba as principais notícias no seu WhatsApp!
As 10 primeiras doenças da lista são febre de Lassa, febre hemorrágica argentina, cólera, praga, shigelose, salmonela, pneumonias, vírus respiratório do Oriente Médio, síndrome respiratória aguda grave e ebola. Doenças conhecidas pelos brasileiros, como zika vírus, dengue, febre amarela, monkeypox e chikungunya, também estão na lista. O infectologista destaca que os governos devem trabalhar em conjunto no futuro para evitar a repetição das desigualdades observadas durante a pandemia de Covid-19, quando faltaram vacinas e investimentos em diferentes áreas. O especialista lembra que muitas doenças foram eliminadas do território brasileiro com a vacinação e alerta para a importância dos imunizantes. A vacinação é uma ferramenta crucial na prevenção de surtos e na proteção da saúde pública. Portanto, é essencial que os governos invistam em campanhas de vacinação para enfrentar possíveis novas pandemias.
Publicado por Luisa Cardoso