Uma fonte disse que a decisão foi tomada depois que a diretoria da Nestlé ficou cada vez mais preocupada com o fraco crescimento das vendas. Eles também citaram preocupações com a desaceleração do desenvolvimento de produtos, com produtos novos e renovados levando mais tempo para serem planejados e lançados.
"Há dois anos, Mark Schneider não podia fazer nada de errado; agora ele parece estar fazendo tudo errado", disse Bruno Monteyne, analista da Bernstein, apontando para uma queda nas ações da Nestlé, que recuaram cerca de 30% desde o pico da pandemia no início de 2022.
No entanto, "esse é um bom motivo para romper com um presidente-executivo que há apenas dois anos era considerado o melhor presidente-executivo do setor?", questionou Monteyne.
Schneider, de 58 anos, tornou-se em 2017 a primeira pessoa de fora da empresa a liderar a Nestlé em quase um século. As ações atingiram o pico durante seu mandato, batendo um recorde de 129,5 francos suíços (152,73 dólares) no início de 2022.
Naquele ano, ele liderou uma reformulação da empresa, mudando sua diretoria executiva para se alinhar com uma nova estrutura geográfica.
Enquanto rivais como a PepsiCo e a Unilever não conseguiram sustentar o crescimento da margem operacional nos sete anos até 2023, Schneider aumentou a margem da Nestlé de 16,5% para 17,3%. Esse feito foi particularmente notável, dado o impacto que as margens do setor sofreram durante a pandemia.