O prefeito de São Paulo (SP), Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, afirmou, nesta quinta-feira (10), que aceitará indicações do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao seu possível secretariado em um novo mandato.
Ao participar de sabatina promovida pela TV Record, Nunes disse que, na hipótese de Bolsonaro indicar o ex-ministro da Economia Paulo Guedes para ocupar a Secretaria Municipal da Fazenda em um eventual novo governo, ele aceitaria prontamente.
“Vamos supor que ele indique o Paulo Guedes para a Fazenda. É um nome bom. Não fiz acordo de cargo com ninguém, com nenhum dos partidos. Se ele indicar o Paulo Guedes para a Fazenda, eu aceito”, afirmou Nunes.
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Sobre seu futuro secretariado, Nunes garantiu que terá uma “equipe técnica” e as escolhas serão dele. “Meu secretariado será um secretariado técnico. Tenho uma equipe técnica e não abro mão disso. A escolha do secretário será minha”, emendou.
Aceno aos eleitores de Marçal
Na sabatina, Ricardo Nunes voltou a acenar aos eleitores de Pablo Marçal (PRTB), candidato derrotado no primeiro turno, indicando que sua reeleição é o “melhor caminho” para a cidade.
Além de Marçal, Nunes também mandou um recado para os eleitores de Tabata Amaral (PSB) e José Luiz Datena (PSDB).
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“O eleitor decidiu, no segundo turno, que somos eu e Guilherme Boulos. Agora, a gente fala com os eleitores. Os eleitores do Marçal, Tabata e Datena são muito bem-vindos”, disse Nunes.
O prefeito destacou que o eleitor de Marçal encontrará nele o “melhor caminho”. “O que o eleitor de Pablo Marçal tem como característica? Ser de direita. É o que eu represento, o centro e a direita. Tem um campo do eleitor do Pablo Marçal que fala do empreendedorismo e faço, aqui, um reconhecimento: estou fazendo muitas ações de empreendedorismo, mas falo muito pouco. Ele trouxe, dentro deste debate, que preciso falar mais e colocar de forma mais clara e melhorar minhas ações em relação ao empreendedorismo”, completou o prefeito.
Boulos votado em presídios
O candidato à reeleição chamou atenção para o fato de o adversário Guilherme Boulos ter sido o mais votado nos presídios da capital paulista.
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Nunes afirmou que Boulos teve 100% dos votos em alguns presídios. “Tem um dado importante: quem foi o candidato à prefeito mais votado nos presídios? Guilherme Boulos. Teve presídio que ele teve 100% dos votos”, ironizou Nunes.
“Ajuda” seletiva de Lula
Nunes também ironizou a ajuda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a Boulos durante a campanha.
O emedebista citou o fato de o prefeito de Belém (PA), Edmilson Rodrigues (PSOL), não ter recebido ajuda do governo federal – ele ficou de fora do segundo turno na disputa à reeleição.
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“Vamos pegar a única capital do Brasil governada pelo PSOL, que é lá em Belém, e o prefeito sequer foi para o segundo turno, com 80% de rejeição. Por que o governo federal não ajudou o candidato do PSOL lá?”, questionou Nunes.
(Com Estadão Conteúdo)