O novo salário mínimo vai beneficiar 28,1 milhões de aposentados, pensionistas e demais segurados do INSS. Também melhora a renda de 17,3 milhões de empregados com carteira assinada, 10 milhões de trabalhadores autônomos e 4 milhões de empregados domésticos.
Na compra de uma cesta básica, por exemplo, o reajuste tem um pequeno efeito. Segundo o Dieese, em janeiro de 2024, quando a cesta custava R$ 793,39, o poder de compra do salário mínimo era equivalente a 1,78 cesta. Estimando em R$ 850,00 o valor do conjunto de alimentos básicos em janeiro de 2025, o novo salário mínimo de R$ 1.518,00 compra 1,79 cesta básica no mês.
Em contrapartida, o novo salário mínimo vai afetar a previdência social. De acordo com o Dieese, o peso relativo da massa de benefícios equivalentes a até um salário mínimo é de 50,6% e corresponde a 69,6% do total de beneficiários, segundo o Boletim Estatístico da Previdência de setembro de 2024. O acréscimo de cada R$ 1,00 ao salário mínimo tem impacto estimado de R$ 365,9 milhões ao ano sobre a folha de benefícios da Previdência Social. Assim, os R$ 1.518,00 (R$ 106,00 a mais) significarão custo adicional ao ano de cerca de R$ 38,9 bilhões.