A Disney nomeou o ex-chefe da Morgan Stanley, James Gorman, como seu presidente e anunciou planos para nomear um novo diretor executivo no "início de 2026" —pela primeira vez estabelecendo um cronograma para a saga de sucessão mais prolongada de Hollywood.
A gigante da mídia passou a última década tentando encontrar um substituto para seu diretor executivo Bob Iger, tornando a sucessão uma das preocupações mais cruciais para os investidores.
Iger inicialmente pretendia se aposentar em 2015, mas estendeu seu contrato várias vezes antes de se afastar em 2020. Seu substituto, Bob Chapek, durou apenas 33 meses, antes de Iger retornar ao posto. O contrato atual de Iger expira no final de 2026.
Nesta segunda-feira (21), a Disney nomeou Gorman, que atualmente lidera a busca do conselho por um sucessor para Iger, como presidente a partir de 2025. O novo papel será um teste das credenciais que Gorman estabeleceu ao lidar com uma transição de CEO excepcionalmente tranquila na Morgan Stanley.
Após 14 anos à frente do banco de investimento de Wall Street, ele passou o cargo principal para Ted Pick, garantindo que os outros dois principais candidatos ao cargo permanecessem como co-presidentes.
"Uma prioridade crítica diante de nós é nomear um novo CEO, que agora esperamos anunciar no início de 2026", disse Gorman. "Esse cronograma... permitirá tempo suficiente para uma transição bem-sucedida."
Iger disse que o conselho "se beneficiou tremendamente da experiência e orientação de James Gorman".
"Somos sortudos por tê-lo como nosso próximo presidente —especialmente enquanto o conselho continua avançando com o processo de sucessão", acrescentou Iger.
Gorman substituirá o atual presidente Mark Parker em janeiro, após deixar seu cargo como presidente da Morgan Stanley em dezembro.
Parker decidiu sair do conselho da Disney para se concentrar em reverter a situação da Nike, de acordo com uma pessoa familiarizada com o assunto.
Dadas as extensões de contrato anteriores de Iger, observadores em Hollywood questionaram abertamente se ele deixará o cargo em 2026. A Disney pareceu tentar acalmar essa especulação, afirmando nesta segunda que o conselho "continuará a realizar um processo de planejamento de sucessão deliberado e cuidadoso".
O conselho da Disney foi criticado por estar muito próximo de Iger, concedendo-lhe várias extensões de contrato e dando-lhe voz na escolha de seu próprio sucessor.
Internamente, quatro candidatos são vistos como concorrentes para o cargo de chefe: a chefe de televisão Dana Walden, o chefe de parques temáticos Josh D’Amaro, o presidente da ESPN Jimmy Pitaro e o chefe de estúdio Alan Bergman.
O conselho disse que revisaria tanto "candidatos internos quanto candidatos externos". As ações da Disney caíram 0,7% nesta segunda.