Novo 'Coringa' decepciona na bilheteria e na recepção entre os críticos na estreia

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A sequência de "Coringa" estreou com bilheteria fraca, arrecadando cerca de US$ 40 milhões, cerca de R$ 218 milhões, em sua estreia no mercado americano, muito abaixo das expectativas iniciais que variavam entre US$ 50 milhões e US$ 65 milhões, segundo a Variety.

"Delírio a Dois", que teve um custo estimado de US$ 200 milhões, cerca de R$ 1 bilhão, ficou atrás da abertura do primeiro "Coringa", que alcançou US$ 96,2 milhões, ou R$ 525 milhões, há cinco anos.

Fora dos Estados Unidos, "Coringa: Delírio a Dois" arrecadou US$ 81,1 milhões, cerca de R$ 442 milhões, totalizando US$ 121,1 milhões, ou R$ 660 milhões, globalmente.

A sequência, que estreou mundialmente no Festival de Veneza, na Itália, não apenas falhou em replicar o sucesso financeiro de seu antecessor, mas também gerou recepções negativas, refletidas em uma nota D no site CinemaScore —o primeiro filme conquistou uma uma nota de B+. A pontuação dos críticos no Rotten Tomatoes foi de 68%, classificado como "fresco", para o primeiro "Coringa", em comparação com 33%, classificado como "podre", para a sequência deste ano.

"Coringa", de cinco anos atrás, levou dois troféus no Oscar, inclusive o de melhor ator para Joaquin Phoenix, e arrecadou mais de US$ 1 bilhão em bilheteria com sua abordagem adulta para um personagem dos quadrinhos.

Uma das maiores surpresas na história do Festival de Veneza foi quando "Coringa", de Todd Phillips, ganhou o Leão de Ouro, há cinco anos. Poucos pensavam que um longa protagonizado por um personagem de HQ venceria o prêmio máximo, ainda mais sob um júri presidido pela argentina Lucrecia Martel, uma diretora conhecida por um cinema de caráter mais sisudo.

Cinco anos depois, Phillips retornou ao festival, em disputa novamente, com a aguardadíssima continuação "Coringa: Delírio a Dois". Joaquin Phoenix volta a interpretar o vilão que gargalha em momentos em que se esperaria uma postura séria, desta vez acompanhado em cena de Lady Gaga e sua personagem, com quem se envolve.

O filme começa com Arthur Fleck, o Coringa quando vestido à paisana, internado em uma instituição prisional psiquiátrica, à espera do julgamento que vai decidir se irá para uma prisão tradicional. No primeiro filme, ele termina detido após assassinar cinco pessoas, inclusive um apresentador de TV que o humilhou diante de todo o país, e, apesar da detenção, ele se torna um ídolo.

A advogada de Arthur o aconselha a reforçar para o júri seu desequilíbrio mental, afirmando que sofreu muitos traumas na vida, ao ponto de desenvolver como escape uma personalidade vingadora, o Coringa, e que ele e Arthur são instâncias diferentes no mesmo corpo.

Um dia, Arthur conhece na instituição a jovem Lee Quinn, papel de Gaga, que diz ser sua admiradora. Ela flerta com ele e o aconselha a agir de modo oposto ao que prega a advogada —seria melhor ele reconhecer que Arthur e Coringa são um ser apenas, o que inclusive traria mais adoração de seus apoiadores.

O filme é bastante distinto do primeiro, em que havia um crescendo de tensão, até o momento do clímax do programa de TV. Desta vez, a trama é mais arrastada, às vezes pontuada por números musicais, em geral imaginados por Arthur.

Entre as canções, estão "Close to You", dos Carpenters, e "If You Go Away", versão em inglês de "Ne me Quitte Pas", de Jacques Brel. Mas a melodia que várias vezes surge, compondo um leitmotiv, é "That’s Entertainment", do longa "Roda da Fortuna", de 1953.

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