O Prêmio Nobel em Fisiologia e Medicina de 2024 vai para os americanos Victor Ambros e Gary Ruvkun. Ambos trabalham em Massachussets, na Costa Leste dos EUA. O trabalho da dupla levou à descoberta dos chamados microRNAs e seu papel na ativação e desativação de trechos do DNA, um processo fundamental para o funcionamento das células.
O anúncio, transmitido ao vivo pelo YouTube, foi feito às 6h30 (horário de Brasília) no Instituto Karolinska, em Estocolmo. Além da honra associada à premiação máxima da ciência mundial, o vencedor recebe uma medalha, um diploma e o montante de 11 milhões de coroas suecas (o equivalente a US$ 1,06 milhão ou R$ 5,78 milhões).
O prêmio foi criado pelo milionário e inventor sueco Alfred Nobel (1833-1896), que deixou em testamento um fundo para financiar honrarias a personalidades que oferecessem "os maiores benefícios à humanidade". Os prêmios originais eram para as áreas de medicina, física, química, literatura e paz. O prêmio para a área de economia foi acrescentado nos anos 1960 pelo banco central sueco.
Em 2023, o prêmio foi dividido pela húngara-americana Katalin Karikó e pelo americano Drew Weissman, cujo trabalho permitiu a criação das vacinas de mRNA (RNA mensageiro) contra a Covid-19, provavelmente a contribuição mais importante para controlar a pandemia da doença. Já em 2022 a láurea teve apenas um ganhador, o sueco Svante Pääbo, coordenador da decifração do genoma de parentes extintos do ser humano, os neandertais e os denisovanos.
Considerando a edição deste ano, o Nobel de Medicina foi entregue 115 vezes na história. Ao todo, desde 1901, foram laureadas 229 pessoas.
Frederick G. Banting (1891-1941) foi a pessoa mais jovem a recebê-lo, aos 31 anos. O canadense o dividiu em 1923 com o escocês John Macleod (1876-1935) pela descoberta da insulina. À época, ambos eram ligados à Universidade de Toronto.
Peyton Rous (1879-1970), por sua vez, é o mais velho: o conquistou aos 87 anos. O americano, à época na Universidade Rockefeller, ganhou a láurea em 1966 com o canadense Charles Brenton Huggins (1901-1997), então na Universidade de Chicago. O primeiro pela descoberta de vírus indutores de tumores e o segundo por achados acerca do tratamento de câncer de próstata.