Nesta segunda-feira (21), Tabata Amaral (PSB), candidata à Prefeitura de São Paulo, participou do Roda Viva, da TV Cultura. José Luiz Datena (PSDB), que também está na corrida, foi o convidado da semana passada no programa, que ainda deve receber os outros três mais bem colocados nas pesquisas: Guilherme Boulos (Psol), Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB).
Até agora, já houve alguns deslizes dos dois primeiros entrevistados quando o assunto é desinformação. A seguir, veja alguns erros e acertos de cada candidato.
Tabata errou ao dizer que explorar comercialmente os pontos de ônibus para publicidade seria uma novidade. Ela sugeriu essa "outra forma" de financiar o transporte público ao ser questionada se pretende manter o valor da passagem de ônibus congelada e a Tarifa Zero aos domingos. Os pontos de ônibus já são explorados comercialmente, com anúncios digitais.
Ao criticar o prefeito Ricardo Nunes, ela disse que a cidade não está entre as cinco melhores cidades para se fazer negócio no país "quando você olha para o ambiente de empreendedorismo". A afirmação está errada. A capital paulistana é a que tem as melhores condições para empreender, segundo o ICE (Índice de Cidades Empreendedoras) 2023.
Contatada pela reportagem, a assessoria de imprensa da candidata negou que ela tenha desinformado. Afirmou que Tabata se referia à categoria "cultura empreendedora" do ICE 2023, em que São Paulo aparece na 39ª posição.
Sobre a publicidade em pontos de ônibus, Tabata "apenas ressaltou que são uma fonte importante de receita que precisa ser ampliada".
Por outro lado, a candidata acertou ao dizer que um a cada três moradores de São Paulo já teve seu celular roubado, dado que pesquisa Datafolha mostrou em março. Sobre violência, quem derrapou foi Datena. Ele errou ao dizer que o presidente Lula (PT) teria afirmado que roubos de celulares são crimes menores. Essa desinformação circula desde 2020 e já foi checada pela agência Lupa.
Ele também errou ao dizer que nenhum dos 27 hospitais municipais tem ambulatório funcionando. Segundo a verificação do Aos Fatos, pelo menos 18 deles oferecem o serviço. Ele foi corrigido ao vivo no programa, mas rebateu a checagem, dizendo: "Não sei se contesto esses dados ou os de quem me passou".
Em nota enviada à Folha, a Secretaria Municipal de Saúde informou que, em média, a "rede de São Paulo realiza 381.604 consultas ambulatoriais por mês."
Ao falar do número de radares de trânsito e cracolândias, ele acertou: 877 e 72, respectivamente.
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