Nissan N7: sedã elétrico maior que o Sentra começa a ser vendido na China

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A Nissan já foi uma das líderes automotivas na China, com uma participação de 7% do mercado. Nos últimos anos, contudo, as vendas da marca japonesa (bem como de outras fabricantes não-chinesas) só vêm caindo por lá. Como parte de uma tentativa de reestruturação, a Nissan fechou no ano passado uma das oito fábricas que mantinha com a Dongfeng, sua parceira local.

Mas não pense que a Nissan está conformada com a situação. Um dos modelos mais vendidos naquele país ainda é o Sylphy (o nosso conhecido Sentra), que terminou 2024 em 5º lugar no ranking geral. A mais: acaba de chegar às concessionárias chinesas o Nissan N7 — um sedã elétrico bem ao gosto do mercado local, com as dimensões aproximadas do Altima.

Nissan N7 (16)

Foto de: Nissan

Apresentado no último Salão de Guangzhou, em novembro de 2024, o N7 nada mais é que a versão Nissan do Dongfeng eπ 007. Sim, a Dongfeng tem uma submarca cujo nome leva o símbolo do “pi” (lembra das aulas de Matemática? 3,1415926535…). Você sabe achar o π no teclado do computador ou do celular? Pois é… Podendo complicar, pra que facilitar?

Fato é que o “e-pi” 007 chegou há mais de um ano ao mercado chinês e já existem planos avançados de exportação para a Europa. Agora, chegou a vez do N7, que também traz a nova arquitetura modular da Dongfeng Nissan para veículos eletrificados. Os dois modelos foram desenvolvidos na China, o único país onde são produzidos.

Dongfeng eπ007 - o irmão do Nissan N7 (1)

Foto de: Nissan

Dongfeng eπ007 - o irmão do Nissan N7

As linhas dos dois carros são praticamente idênticas. A maior diferença é que o Nissan N7 ostenta na dianteira uma faixa interativa com 710 LEDs unindo as luzes de circulação diurna. O para-choque da frente tem um relevo em V (referência às grades dos carros convencionais da marca), além de dois cortes em forma de “7” abrigando os faróis. Na parte de trás, a barra luminosa entre as duas lanternas é mais grossa, trazendo no centro o nome Nissan.

A carroceria tem aparência fluida e futurista, com suas maçanetas embutidas e vidros das portas sem moldura. É também um tanto genérica, podendo ser facilmente confundida com a de outros sedãs elétricos chineses. Os 4,93 m de comprimento e 2,91 m de entre-eixos do Nissan N7 superam de longe os 4,64 m e 2,70 m do nosso conhecido Sylphy/Sentra, o que certamente se traduz em muito espaço interno. Enquanto o Ocidente vem sendo dominado pelos SUVs, os sedãs grandes ainda têm muitos fãs na China.

Nissan N7 (8)

Foto de: Nissan

Destaque nos atuais carros da Nissan, o conforto dos bancos foi ainda além no N7... Sua forração traz uma camada de gel e um sistema chamado de AI Zero-pressure Cloud. Sensores e inteligência artificial ajudam a moldar assentos e encostos ao corpo dos ocupantes. E não há botões no painel. Todas as funções são comandadas por meio de uma tela central de 15,6”.

O sistema de entretenimento é impulsionado pelo processador Qualcomm Snapdragon 8295P, que promete um desempenho excepcional para uma convivência conectada e sem falhas. Graças a uma parceria com a Momenta, líder em tecnologia de condução autônoma na China, o N7 vem com o sistema "Navigate On Autopilot" (NOA), para condução semi-autônoma em rodovias e no trânsito urbano.

Enquanto o Dongfeng eπ 007 sai de fábrica com um ou dois motores elétricos e opção de tração integral, o Nissan N7 é vendido apenas com motor traseiro. São 217 cv na versão de entrada e 272 cv no topo de linha. A bateria é do tipo LFP (fosfato de ferro e lítio), produzida pela Dongfeng em parceria com a também chinesa Sunwoda.

O novo sedã faz parte do plano estratégico de médio prazo The Arc, por meio do qual a Nissan pretende acelerar o desenvolvimento e a exportação de veículos elétricos a partir da China. Estima-se que seu preço por lá ficará na faixa dos 160 mil a 180 mil yuan (de R$ 127 mil a R$ 143 mil na conversão direta).

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