O poeta, cronista e ensaísta Affonso Romano de Sant’Anna morreu nesta terça-feira (4), aos 87 anos, em sua casa no Rio de Janeiro. Desde 2017, ele enfrentava o Alzheimer. Um dos intelectuais mais influentes da literatura brasileira contemporânea, Sant’Anna construiu uma obra marcada por reflexão crítica, lirismo e engajamento social.
O autor de mais de 60 livros foi casado com a escritora Marina Colasanti, que morreu em janeiro aos 87 anos por complicações da doença de Parkinson. Sant’Anna publicou seus primeiros textos, com críticas de cinema e teatro, em 1953, na imprensa de Juiz de Fora, cidade onde vivia e seguiu com longa colaboração na imprensa.
Como crítico e ensaísta, refletiu sobre literatura, política e cultura brasileira, contribuindo para publicações como O Globo, Jornal do Brasil, Estado de Minas e Correio Braziliense.
Ao longo de sua carreira, Sant’Anna transitou entre diferentes gêneros literários, sendo autor de livros como "Que País é Este", publicado em 1980, além de obras como "A Mulher Madura", "O Lado Esquerdo do Meu Peito" e "Tempo de delicadeza".
Além de sua atuação como escritor, atuou como gestor cultural, dirigindo a Fundação Biblioteca Nacional entre 1990 e 1996 e implementando projetos de modernização do acervo e incentivo à leitura.
Deixa a filha Alessandra Colasanti, atriz, roteirista e diretora, e um neto.