O candidato a vereador do Rio de Janeiro Leonel Querino (PT), o Leonel de Esquerda, pediu para ser incluído no Programa de Proteção aos Defensores de Direitos Humanos, Comunicadores e Ambientalistas do governo federal.
O petista foi agredido no último domingo (1º), na zona norte da capital fluminense, durante uma agenda de campanha. Ele diz que o agressor foi o deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil), candidato a prefeito que teve a sua chapa indeferida pela Justiça Eleitoral por outro caso de violência.
Leonel afirma ter sido espancado por Amprim durante uma agenda de campanha na zona norte da capital fluminense. Já o deputado diz que "agiu em defesa própria" e que o candidato a vereador caiu durante uma confusão.
O petista foi internado e recebeu visitas dos candidatos Eduardo Paes (PSD), Tarcísio Motta (PSOL) e Marcelo Queiroz (PP). Ele teve alta na quarta (4).
A solicitação, enviada ao Ministério dos Direitos Humanos, que cuida do programa de proteção, diz que o Leonel e sua família estão "com receio pelas próprias vidas".
"Cabe ressaltar que apesar da sua atuação como comunicador em defesa de direitos por anos, tendo o seu canal nas mídias sociais por mais de quatro anos, esta é a primeira vez em que o Leonel de fato se sente ameaçado ", afirma o pedido, que é assinado pelos advogados Carlos Nicodemos, Rodolfo Xavier e Maria Fernanda Fernandes.
O documento cita que Leonel é comunicador e mantém o canal "Você é de Esquerda e Não Sabe" no YouTube.
Amorim teve a sua candidatura deferida na quinta-feira (5) pela Justiça Eleitoral em razão de uma condenação em segunda instância por crime de violência política de gênero.
Ele foi condenado por proferir um discurso que assediou, constrangeu e humilhou Benny Briolly (PSOL-RJ), vereadora em Niterói, por sua condição de mulher trans. Em discurso na Assembleia Legislativa em 2022, Amorim chamou Briolly de "aberração da natureza" e "boi zebu", entre outras ofensas.
Amorim ficou nacionalmente conhecido na campanha de 2018 ao quebrar a placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada a tiros em março daquele ano.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH