Ministério Público recorre de decisão que inocentou Marcão do Povo por racismo contra Ludmilla

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Aracaju

O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MP-DFT) entrou com recurso no STJ (Superior Tribunal de Justiça) para derrubar uma decisão da própria corte, que inocentou o apresentador Marcão do Povo, do SBT, pelo crime de racismo contra a cantora Ludmilla.

A informação foi confirmada pelo órgão à coluna em nota nesta quarta (5). Ainda não há uma previsão de quando o recurso será julgado pela corte judicial. A expectativa é que isto aconteça ainda no primeiro semestre deste ano.

"A atuação da CRC/MPDFT neste caso ocorre para reafirmar o compromisso do Estado com o combate à discriminação racial e garantir a efetivação da justiça", afirmou o MP-DFT.

O STJ absolveu Marcão do Povo em dezembro de 2024 da acusação de injúria racial cometida contra a cantora Ludmilla em janeiro de 2017, quando ele era apresentador da Record.

Na ocasião, Marcão disse que Ludmilla era uma "pobre macaca". Por causa da repercussão, Marcão foi dispensado da Record, mas contratado pelo SBT logo em seguida. Em primeira instância, Marcão foi inocentado.

Em segunda instância, porém, Marcão foi condenado a pagar indenização de R$ 30 mil para a cantora, além de um ano e quatro meses de prisão em regime aberto.

Em recurso de Marcão no STJ, o caso foi julgado pela ministra na última quinta-feira (19), segundo decisão à qual a coluna obteve acesso. A ministra afirmou que a condenação foi feita com base em um vídeo editado.

Com isso, havia falha na sentença. Para ela, não ficou configurado que Marcão cometeu de fato racismo. A defesa de Ludmilla repudiou a decisão do STJ e disse que também iria recorrer.

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