Secretaria de Política Econômica divulgou nesta quinta-feira o Boletim Macrofiscal e continuou com a estimativa de 2,5% para o Produto Interno Bruto neste ano
Diogo Zacarias/MF
Equipe da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda apresenta o Boletim Macrofiscal de julho
O governo brasileiro manteve a estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2,5% para 2024, conforme divulgado no Boletim Macrofiscal desta quinta-feira (18) pela Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda. O PIB representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e é um indicador crucial para medir o crescimento econômico. Já a previsão de inflação para 2024 aumentou de 3,7% para 3,9%. Para 2025, a projeção de crescimento do PIB foi ajustada de 2,8% para 2,6%, enquanto a estimativa para 2026 subiu de 2,5% para 2,6%. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, destacou a consistência dos dados econômicos e o controle da inflação. Ele pediu cautela à sua equipe na revisão da expectativa de crescimento do PIB para 2024, especialmente devido aos impactos das enchentes no Rio Grande do Sul, que estão sendo compensados por medidas de suporte a famílias e empresas.
Os estregados causados pelas chuvas no território gaúcho devem impactar o PIB em 0,25 ponto percentual em 2024, mas o governo está implementando medidas para mitigar esses efeitos. O Palácio do Planalto espera um crescimento acima das projeções do mercado financeiro, que prevê aumento de 2,11%, de acordo com o boletim Focus do Banco Central. A própria instituição projeta um crescimento de 2,3% para o PIB deste ano. A revisão da estimativa de inflação para 2024 considera os impactos da alta do dólar, das enchentes no Rio Grande do Sul e dos recentes aumentos nos preços da gasolina e do gás de cozinha. A estimativa de crescimento para os setores produtivos também foi ajustada. A projeção para a agropecuária caiu de -1,4% para -2,5% devido à redução nas estimativas de safra e aos impactos das enchentes. Para a indústria, a expectativa de crescimento subiu de 2,4% para 2,6%, refletindo maiores estimativas para a indústria de transformação e construção. A projeção para o setor de serviços também aumentou, passando de 2,7% para 2,8%.
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A previsão para o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), que influencia o valor do salário mínimo e das aposentadorias, foi ajustada de 3,5% para 3,65%. A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI), que inclui custos no atacado, construção civil e consumidor final, aumentou de 3,5% para 3,6%. Os dados do Boletim Macrofiscal são utilizados no Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, que será divulgado no próximo dia 22. Este relatório bimestral traz previsões para a execução do Orçamento com base no desempenho das receitas e na previsão de gastos do governo, incluindo o PIB e a inflação em seus cálculos.
Publicada por Felipe Cerqueira
*Reportagem produzida com auxílio de IA