Dificuldade reflete o ingresso no mercado de trabalho. A pesquisa destaca que os jovens sofrem com salário iniciais mais baixos e o alto volume de desemprego juvenil. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) confirmam a situação ao ilustrar que 16,8% da Geração Z estavam desempregados no primeiro trimestre. A taxa nacional no período foi de 7,9%.
Mais velhos são aqueles que relaram menos dificuldade. Entre os chamados Baby Boomers, que já superaram os 59 anos, a situação financeira é "boa ou muito boa" para 27%, "regular" para 51% e "ruim ou muito ruim" para 22%. Entretanto, a maior parcela de satisfeitos (30%) está na Geração X, com idade até 58 anos. Para os Millenials, que têm no máximo 42 anos, a soma das avaliações "regular" e "ruim" atinge 77%.
Baby Boomers são os mais pessimistas sobre o futuro. Na avaliação de 22% do grupo de entrevistados mais velhos, a situação financeira "vai piorar" nos próximos dois anos. O estudo atribui o ceticismo à maior experiência com flutuações econômicas. Por outro lado, mais de 80% das Gerações X, Z e Millenial enxergam chances de melhora.
Classes sociais
Situação é ruim para quase um terço (31%) dos brasileiros. Na análise entre todas as gerações entrevistadas, um quarto da população (24%) relata que o ambiente financeiro é positivo. Para 44%, a situação é avaliada como "regular". O retratado favorável é significativamente maior entre os mais ricos, grupo com 59% de avaliação positiva da situação financeira.
Maior sentimento negativo é relatado pelas classes D e E. Para 87% dos integrantes das faixas de renda mais baixas, a situação era "regular" ou "ruim" nos primeiros três meses deste ano. A percepção negativa cai conforme o aumento da renda: classes C (79%), B (59%) e A (41%).