Previsão reflete expectativas para o ambiente econômico. As expectativas de juros mais altos surgem com as projeções de que a inflação vai furar o teto da meta e a cotação do dólar em R$ 5,95 ao final deste ano. Diante do cenário, a taxa Selic é o principal instrumento de política monetária frear a inflação.
Copom deixou em aberto o movimento para o encontro desta semana. Na ata da última reunião, realizada em novembro, os diretores da autoridade monetária destacam que as decisões serão tomadas no "firme compromisso de convergência da inflação à meta".
Expectativas para a Selic em 2025, 2026 e 2027 também subiram. Os analistas aumentaram de 12,63% ao ano para 13,5% ao ano a previsão de patamar da taxa básica de juros ao final do próximo ano. Já para os dois anos seguintes, as projeções avançaram para 11% ao ano e 10% ao ano, respectivamente.
Como deve ser a inflação
Analistas preveem inflação em 4,84% neste ano. A variação estimada corresponde à segunda alta consecutiva das previsões para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Há uma semana, a aposta era de alta do índice em 4,71%. Há quatro, a projeção sinalizava para uma alta de 4,62%.
Projeção mostra o índice oficial acima do teto da meta. O intervalo estabelecido pelo CMN (Conselho Monetário Nacional) determina que o IPCA deve terminar este ano em 3%. O valor tem margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, entre 1,5% e 4,5%.