Marçal diz que Nunes será preso; prefeito rebate: “A cadeia não saiu de dentro dele”

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O primeiro bloco do debate entre os principais candidatos à prefeitura de São Paulo (SP), nesta terça-feira (17), promovido pela RedeTV! em parceria com o UOL, foi marcado pela troca de ofensas entre os concorrentes.

Em determinado momento do programa, a mediadora do debate, Amanda Klein, teve dificuldade para conter os ânimos em um bate-boca entre o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição, e o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB) – que já haviam se estranhado pouco antes.

Depois de chamar Nunes de “tchutchuca do PCC”, Marçal disse que o prefeito da capital paulista será preso por supostos crimes.

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“Nós vamos prender o Ricardo Nunes por uma denúncia de desvio de dinheiro de merenda. No último debate, o Boulos chamou ele de ladrão de creche. Não sou eu que estou te acusando disso, quem está acusando é a Polícia Federal”, afirmou o candidato, sem apresentar provas.

O candidato do PRTB complementou, dirigindo-se a Nunes: “Vai para a cadeia. Você usou a conta da sua esposa, da sua filha”.

A partir daí, teve uma dura discussão e troca de xingamentos e ofensas entre Nunes e Marçal, e o programa quase teve de ser interrompido.

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“Ele [Marçal] saiu da cadeia, mas a cadeia não saiu de dentro dele”, disparou o prefeito de São Paulo.

“Queria pedir desculpas ao pessoal que está assistindo. Mas é muito difícil ver esse condenado atacando a gente”, explicou Nunes, um pouco mais calmo, antes de dirigir uma pergunta a Guilherme Boulos (PSOL).

Em 2010, Marçal foi apontado como suposto participante de um grupo que teria desviado dinheiro de bancos em meados de 2005 – na época, ele tinha 18 anos.

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O grupo criava sites falsos de instituições financeiras, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, e mandava e-mails acusando pessoas, falsamente, de inadimplência. Os criminosos roubavam dados e informações das vítimas e, ainda, “infectavam” computadores e dispositivos digitais com programas conhecidos como “cavalos de Troia”.

Marçal reconheceu que chegou a colaborar com o grupo, mas sempre garantiu não ter conhecimento de qualquer ilegalidade praticada. Ele foi condenado, chegou a ser preso, mas teve a pena extinta em 2018, por prescrição retroativa.

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