Macron considera acordo UE-Mercosul ‘inaceitável’ e defende soberania agrícola da França

EFE/EPA/OLIVIER MATTHYS

Tratado, que envolve 27 nações europeias, tem como meta estabelecer a maior zona de livre comércio do mundo, eliminando tarifas entre as duas regiões

O presidente da França, Emmanuel Macron, declarou que o atual formato do acordo comercial entre a União Europeia e os países do Mercosul é “inaceitável”. Essa afirmação foi feita durante uma conversa com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que se encontra no Uruguai para a cúpula do Mercosul, onde o pacto pode ser concluído. Macron enfatizou a importância de proteger a soberania agrícola da França. Por outro lado, Ursula von der Leyen expressou otimismo, afirmando que o objetivo do acordo está “ao alcance” e que existe uma chance de formar um mercado que abrigue 700 milhões de pessoas.

O tratado, que envolve 27 nações da UE e os membros do Mercosul, como Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, tem como meta estabelecer a maior zona de livre comércio do mundo, eliminando tarifas entre as duas regiões. Macron é considerado um dos principais obstáculos para o progresso do acordo, enfrentando forte pressão de agricultores franceses que temem a concorrência com produtos provenientes do Brasil e da Argentina. Os sindicatos do setor agropecuário na Europa se opõem ao pacto, citando divergências em relação a normas ambientais, sociais e sanitárias.

Durante a cúpula do G20 realizada no Rio de Janeiro, Macron afirmou que a França “não está isolada” em sua resistência ao acordo, argumentando que o texto atual é desatualizado. A visita de Ursula von der Leyen ao Uruguai pode indicar que a França não conseguiu reunir muitos aliados em sua oposição, mas também ressalta a urgência em aproveitar a “janela de oportunidade” para a concretização do acordo.

*Reportagem produzida com auxílio de IA
Publicado por Fernando Dias