Lula recebe ligação de Putin; em pauta, incêndios no Brasil e guerra na Ucrânia

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu, nesta quarta-feira (18), uma ligação do presidente da Rússia, Vladimir Putin. As informações foram divulgadas pelo Palácio do Planalto.

De acordo com o governo brasileiro, o líder russo “manifestou solidariedade ao Brasil no enfrentamento dos incêndios florestais” que vêm castigando diversas regiões do país nas últimas semanas.

Ainda segundo a nota do Planalto, Lula e Putin “conversaram sobre a reunião e os temas que serão debatidos na cúpula dos Brics, mês que vem, em Kazan, e as relações bilaterais entre os dois países” e “também falaram sobre a proposta de paz do Brasil e da China para o conflito entre Rússia e Ucrânia”.

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Os governos de Brasil e China vêm atuando, por meio de seu corpo diplomático, para que mais países apoiem uma proposta de cessar-fogo para o conflito entre russos e ucranianos – que teve início há mais de 2 anos, quando tropas da Rússia invadiram o território ucraniano por ordem de Putin.

Na semana que vem, durante a Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, os governos brasileiro e chinês devem fazer uma apresentação com os detalhes dessa proposta de paz.

A relação de Lula com Putin, considerada próxima, é alvo de críticas por parte da comunidade europeia e do presidente da Ucrânia, Volodymir Zelensky. O governo brasileiro já foi duramente criticado na Europa e nos Estados Unidos por manter uma suposta neutralidade em relação ao conflito na Ucrânia – o que muitas vezes é interpretado como apoio velado a Putin.

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A diplomacia brasileira nega qualquer apoio à Rússia e afirma, reiteradamente, que o país condenou a invasão na Ucrânia.

Visita à Rússia

Lula deve fazer sua primeira visita oficial à Rússia em seu terceiro mandato como presidente da República durante a cúpula dos Brics, entre 22 e 24 de outubro, em Kazan. O bloco tem como principais integrantes Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.

Recentemente, foram incorporados Egito, Etiópia, Irã, Arábia Saudita e Emirados Árabes.

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