Lula convoca reunião para debater diretrizes da Meta para resguardar soberania do Brasil

há 8 horas 1

‘Não pode um cidadão, não pode dois cidadãos, não pode três cidadãos acharem que podem ferir a soberania de uma nação’, disse no Palácio do Planalto durante visita à galeria de ex-presidentes

Ricardo Stuckert / PR

Lula Planalto

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita à exposição '08 de Janeiro: Restauração e Democracia'

O presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva anunciou, nesta quinta-feira (9), que vai fazer uma reunião para abordar as recentes diretrizes estabelecidas pela Meta, empresa do bilionário Mark Zuckerberg responsável por plataformas como Facebook, Instagram e WhatsApp. Lula enfatizou a necessidade de proteger a soberania nacional. “O que nós queremos, na verdade, é que cada país tenha sua soberania resguardada. Não pode um cidadão, não pode dois cidadãos, não pode três cidadãos acharem que podem ferir a soberania de uma nação”, disse Lula durante visita à galeria de ex-presidentes no Palácio do Planalto.

O presidente considerou alarmante a proposta de que a comunicação digital não deve ter a mesma responsabilidade que a mídia tradicional. Essa perspectiva levanta questões sobre a integridade das informações disseminadas nas redes sociais e o impacto que isso pode ter na sociedade.

Zuckerberg anunciou as novas diretrizes de moderação de conteúdo das redes sociais na terça (7) e disse que vai se aliar ao governo do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, para pressionar países que buscam regular o ambiente digital. Entre as alterações, estão o fim do programa de checagem de fatos que verifica a veracidade de informações que circulam nas redes, o fim de restrições para assuntos como migração e gênero, e a promoção de “conteúdo cívico”, entendido como informações com teor político-ideológico.

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O novo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Sidônio Palmeira, e o secretário de Políticas Digitais, João Brant, manifestaram ontem descontentamento em relação às regras. Eles argumentaram que essas mudanças podem comprometer a democracia e demonstram uma falta de respeito pela soberania dos países por parte da Meta.

Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), também fez uma declaração contundente nesta quarta-feira (8), afirmando que a Corte não permitirá que as grandes empresas de tecnologia sejam utilizadas para fomentar discursos de ódio ou práticas antidemocráticas.

*Reportagem produzida com auxílio de IA

Publicado por Carol Santos

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