Lula defende o diálogo para reverter as cobranças. "Antes de fazer a briga da reciprocidade ou de fazer a briga na OMC [Organização Mundial do Comércio], a gente quer gastar todas as palavras que estão no nosso dicionário para fazer um livre-comércio com os EUA", disse durante viagem ao Vietnã.
O Brasil vai tentar negociar ao máximo, com todas as palavras que estarão no nosso dicionário. Mas nós não teremos nenhuma preocupação de recorrer à OMC, que é o lugar onde todos os problemas comerciais deveriam ser resolvidos. Se não for resolvido, nós temos o direito de impor reciprocidade aos EUA.
Lula, presidente da República
Balança comercial com o Brasil é favorável aos EUA. O presidente reforçou ainda que o fluxo de comércio com os norte-americanos é de US$ 87 bilhões e resulta em um saldo positivo de US$ 7 bilhões para os norte-americanos. "Eles também têm que pensar na responsabilidade deles", afirmou Lula.
Presidente vê postura contrária às defesas de décadas. "É totalmente antagônico", disse Lula ao recordar que a pauta do livre-comércio e da globalização foram defendidas pelos Estados Unidos desde 1980. "Os Estados Unidos têm que saber que eles não estão sozinhos no planeta Terra", afirmou.
Chefe do Executivo quer aguardar para ver resultado do "tarifaço". Lula avalia que a atitude unilateral de Donald Trump pode não trazer frutos positivos à economia norte-americana. "Como eu pretendo viver 120 anos, tenho tempo de sobra para esperar e ver o que vai acontecer com essa atitude do presidente Trump", disse.
Eu não sei se isso vai repercutir na inflação americana, se isso vai repercutir no aumento da taxa de juros. Ou seja, é importante, que a gente leve em conta que o presidente Trump tem o direito de fazer o que ele quiser na política americana.
Lula, presidente da República