Lufthansa adicionará placa de chumbo em aeronaves para compensar peso da cabine de primeira classe

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Engenheiros aeroespaciais passaram a maior parte do século tentando reduzir o peso das aeronaves para economizar combustível. Agora, a Lufthansa está indo na direção oposta em alguns de seus jatos para proporcionar aos clientes da primeira classe uma boa noite de sono.

A subsidiária suíça do grupo alemão adicionará um peso de chumbo à cauda de algumas de suas aeronaves para suavizar um desequilíbrio causado pela nova cabine de primeira classe, de acordo com um comunicado da empresa.

Os engenheiros adicionarão a chamada "placa de balanceamento" para compensar o peso adicional gerado por um novo projeto que contará com camas reclináveis e acomodará no máximo quatro passageiros por aeronave.

"A Swiss decidiu manter-se fiel à sua promessa e à sua aspiração de ser uma companhia aérea premium, comprometendo-se a manter a cabine de primeira classe em sua frota de aeronaves de longo curso", disse a companhia aérea, explicando a necessidade do peso. A medida será introduzida nos jatos Airbus SE A330-300 em voos para a Costa Leste dos Estados Unidos, Canadá e Oriente Médio.

A decisão de adicionar conscientemente peso à aeronave ocorre enquanto as companhias aéreas enfrentam análises e críticas sobre o impacto ambiental dos voos. O transporte aéreo gera cerca de 2% das emissões globais de gases de efeito estufa, de acordo com a Agência Internacional de Energia.

No caso da Swiss, adicionar peso aumentará ainda mais o consumo de combustível e, assim, as emissões de dióxido de carbono por passageiro da companhia aérea.

Um único passageiro de primeira classe fazendo uma viagem de ida e volta de Zurique a Nova York gera cerca de 14 toneladas de dióxido de carbono, de acordo com o site de compensação climática MyClimate.

Isso é cerca de cinco vezes mais do que as emissões criadas por um viajante na classe econômica, onde os assentos se tornaram mais finos e, portanto, mais leves —contribuindo para o desequilíbrio na aeronave.

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