FaceApp bombou em 2019 transformando jovens em idosos
Fundado por russos, o FaceApp ganhou impulso no Brasil em 2019. Na época, os feeds das redes sociais foram tomados por fotos de pessoas idosas, geradas por um filtro do FaceApp. Outras transformações do app incluem transformar homem em mulher (e vice-versa), além de ajustes em selfies.
App se popularizou um ano após o escândalo da Cambridge Analytica. A empresa britânica usou dados coletados de milhões de usuários do Facebook para tentar manipular eleitores em campanhas políticas nos EUA e Reino Unido. Logo, nessa época, passou a haver grande escrutínio sobre uso de dados por aplicativos.
Usar o Faceapp implicava conceder uma "licença perpétua" das imagens. Termos mencionavam que usuários concediam uma "licença irrevogável, não exclusiva, isenta de royalties, global, totalmente paga e transferível", permitindo que a empresa pudesse capitalizar sobre as imagens.
Ainda em 2019, Procon-SP multou Google e Apple por fornecerem o app. A entidade argumentou que aplicativo desrespeitava Código de Defesa do Consumidor por não ter informações em português e por questões de privacidade. Mesmo não sendo desenvolvedoras do app, Google e Apple levaram a culpa por "responsabilidade solidária."
FBI diz que app tinha "risco potencial de contrainteligência". A polícia federal dos EUA anunciou em 2019 que aplicativo poderia ser usado pelo governo russo para espionagem e recomendava que americanos não o utilizassem.