Um júri do Missouri, nos Estados Unidos, condenou a farmacêutica Abbott a pagar US$ 495 milhões (R$ 2,8 bilhões na cotação atual) por considerar que o leite para bebês prematuros fabricado pelo grupo americano causou uma grave doença intestinal em uma criança.
O caso, decidido na noite de sexta-feira (26) em um tribunal em St. Louis, é um dos vários processos pendentes contra a Abbott, com a queixa de que sua fórmula para bebês prematuros aumenta o risco de necrose intestinal (enterocolite necrosante) em bebês, de acordo com o site Courtroom View Network.
A demanda foi movida por uma mãe de Illinois, Margo Gill, alegando que sua filha Robynn desenvolveu enterocolite necrosante em 2021 depois de ser alimentada com a fórmula Similac, enquanto ainda estava na UTI neonatal, informou o canal local KSDK.
A menina sobreviveu, mas sofre consequências irreversíveis.
O grupo Abbott foi condenado a pagar US$ 95 milhões (R$ 536 milhões) em danos compensatórios e uma multa de US$ 400 milhões (R$ 2,3 bilhões).
A enterocolite necrosante é uma doença de causa desconhecida que atinge 10% dos prematuros, mas também bebês nascidos a termo. O intestino dessas crianças é muito imaturo e ainda não desenvolveu uma proteção natural que impede que o órgão seja atacado pelas bactérias que existem normalmente no corpo.
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