Josias: Compra do Banco Master é negócio malcheiroso sob qualquer ângulo

há 2 dias 3

O Banco Master ficou por oferecer um título de CDB extremamente agressivo, um dos maiores rendimentos do setor, e por patrocinar —juntamente com outras empresas com ações em tramitação nos tribunais superiores— eventos jurídicos sobre o Brasil no exterior. No palco desses eventos, estavam ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) e do STJ (Superior Tribunal de Justiça), além de autoridades do governo Lula.

O Banco Master estava operando em situação em que o mercado financeiro olhava de esguelha, numa situação em que inspira todas as suspeitas do mundo. O dono do banco [Daniel Vorcaro] é um operador muito agressivo e, ao mesmo tempo, exibicionista. Josias de Souza, colunista do UOL

O banqueiro no qual Josias se refere se chama Daniel Vorcaro, controlador do Banco Master: diferentemente da maioria dos banqueiros, que preferem manter a discrição sobre seus investimentos e a sua vida pessoal, Vorcaro não tem problemas com a exposição pública.

O banqueiro já afirmou ter comprado o hotel Fasano Itaim como pessoa física, é sócio do Clube Atlético Mineiro e fez uma festa de debutante estimada em R$ 15 milhões para sua filha, que viralizou nas redes sociais.

Ele adotou uma estratégia agressiva para obter recursos. E utilizou para isso o FGC (Fundo Garantidor de Crédito), fundo que é abastecido por todos os bancos. O Banco Central alterou regras, não caminhava as regras, ao perceber que a regra não caminhava bem. o Banco Master teve que se capitalizar. cair, alterou regras, o Banco Central, precatórios de estados, de municípios, absorvendo precatórios de estados e municípios e toda a operação era... chamava a atenção do mercado. E o Banco Central acendeu ali algumas luzes no painel de controle.

Aí vem um banco público, que é o BRB, que é um banco que pertence ao governo de Brasília, e compra um pedaço desse banco, que tem como acionista majoritário o dono do Master. Então, joga R$ 2 bilhões de dinheiro público, em uma operação na qual o mercado considera temerário e que o Banco Central já olhava como precaução. Aí fica a dúvida: como um banco chega a esse ponto e o Banco Central não interveio? Agora, cabe o Banco Central testar a rigidez, porque dinheiro público entrou numa operação privada. Josias de Souza, colunista do UOL

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