Iza segue os passos de Rihanna e faz show de barrigão no Rock in Rio

há 3 meses 2

Iza cantou grávida de oito meses e três semanas na noite desta sexta (20) na edição de 40 anos do Rock in Rio. A cantora, que foi acompanhada por um médico e teve uma ambulância à disposição, foi uma das atrações do "dia delas", que teve uma maioria de mulheres entre as atrações.

Com uma plateia cheia, ela preparou um show especial para a ocasião. Montou uma plataforma com a projeção de imagens de ondas do mar, que se espalharam por toda a estrutura do palco Sunset, o segundo maior do festival carioca.

Contou com uma banda também diferente, com dezenas de músicos, uma orquestra e um coral. A formação deu uma cara de gospel americano ao repertório da cantora carioca.

"Nunca imaginei ter um chá de bebê assim", ela disse. "Hoje completo oito meses e três semanas. Estou quase lá. Estou respirando engraçado. Minha barriga está uma bola de boliche."

Ela começou cantando parada em cima da plataforma. Puxou "Fé", música sobre espiritualidade que entrou no repertório da turnê atual dos irmãos Caetano Veloso e Maria Bethânia, e "Uma Vida é Pouco Pra Te Amar" antes de descer da estrutura.

Iza revelou o barrigão imenso para delírio da plateia e cantou canções de Aretha Franklin e Lauryn Hill, em uma homenagem emocionante no "dia delas". As pessoas não pararam de gritar elogios sobre a beleza da cantora, que puxou "Moh Paz", "Saudade Daquilo" e "Sem Filtro" antes de chamar Ivete Sangalo ao palco.

Atração do palco Mundo horas antes, a baiana chegou dizendo que "tia que se preza homenageia no palco pra ela nunca esquecer que a tia ama ela". Juntas, elas apresentaram "Meu Talismã", para um público que cantou junto e bateu palmas.

A apresentação de uma mulher grávida, que dizia estar recebendo orientações do médico para beber água a todo momento, ganhou ainda mais significado neste dia de Rock in Rio. Além do lineup comandado por cantoras, as mulheres foram maioria na plateia do show dela —em contraste com os homens gays que lotaram o show de Gloria Gaynor, horas antes no mesmo palco.

O medley de músicas de outros artistas, costume em apresentações dela, foi também todo dedicado a mulheres —e festa vez mulheres negras como Iza. Em vez de Michael Jackson e Tim Maia, puxou "Ready or Not" e "Doo Wop (That Thing)", de Lauryn Hill, "Respect", de Aretha Franklin, e "Say my Name", de Beyoncé com as Destiny's Child".

Quando foi cantar um trecho de "Come Together", clássico de John Lennon e Paul McCartney, Iza deixou claro qual versão estava interpretando. "Prefiro a da Tina Turner", disse, citando a cantora americana morta no ano passado.

Se o começo foi mais sereno e tranquilo, Iza esquentou o show na reta final. Com o barrigão para jogo, dançou —inclusive com Eddy Soares, famoso por ter integrado o time de bailarinos de Rosalía— e cantou seu repertório mais suingado, com "Fé nas Malucas", "Ginga", "Gueto" e "Brisa", em que passeou por funk, rap e reggae.

"Nós, pessoas que gestamos, somos um universo. E a gente pode fazer o que quiser. É ou não é?", ela disse, enquanto dava a resposta para a própria pergunta em tempo real, descendo as escadas para cantar perto de seu público.

Ainda teve tempo para o encerramento com "Pesadão", sucesso de 2018 que alavancou a carreira da cantora. A esta altura, muita já deixava o palco Sunset para deslocar ao Mundo, onde Katy Perry, atração principal do dia, cantaria em minutos.

O jornalista viajou a convite da Natura

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