Investidor pune Americanas após prejuízo no fim do ano: ação despencou 26%

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As Americanas protagonizaram o maior escândalo de fraude corporativa já registrado no Brasil, revelado no início de 2023, quando vieram à tona inconsistências contábeis que ultrapassavam R$ 20 bilhões. O caso abalou o mercado financeiro, levou a companhia à recuperação judicial e colocou sob suspeita práticas de governança adotadas ao longo de anos.

Desde então, a empresa tenta se reerguer, enquanto tramitam na Justiça processos civis e criminais que buscam identificar e responsabilizar os executivos e controladores envolvidos nas irregularidades. A apuração dos fatos ainda está em curso. Até agora ninguém foi responsabilizado civil e criminalmente pela fraude.

Apesar de avanços operacionais e de sinais de reorganização administrativa no ano passado invocados pela atual administração, os resultados financeiros ainda mostram uma empresa em processo de reestruturação - e sem fôlego para apresentar lucro operacional recorrente.

O varejo físico foi o destaque positivo do último trimestre: as vendas em lojas comparáveis — ou seja, aquelas abertas há pelo menos um ano - cresceram 15% em relação ao mesmo período de 2023, impulsionadas por boas performances na Black Friday e no Natal.

No entanto, a receita total da companhia caiu 4,5% no quarto trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período do ano passado, impactada pela forte retração no comércio eletrônico. O volume bruto de vendas no canal digital encolheu 47%, consequência direta da extinção do modelo de venda direta.

Esse redesenho estratégico ainda não gerou alívio nas margens. O lucro bruto caiu 11%, e a margem bruta — relação entre o lucro obtido com vendas e a receita líquida — encolheu 2,2 pontos percentuais, para 29,7%.

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