Também conhecido como Dário 4e20, Moura e diz que recorrerá à Justiça. Em 2022, quando era candidato a deputado federal, ele viralizou com uma paródia do "Rap da Felicidade". Derrubado pelo Tiktok, o vídeo foi restabelecido após a rede social reconhecer que havia cometido um erro.
Na época, também enfrentou problemas com a Meta, que atrasou em quase uma semana o impulsionamento de postagens no Facebook e no Instagram.
Dessa vez, a Meta não só tirou o perfil de Moura do ar como removeu os conteúdos e o proibiu de fazer novas postagens.
Moura afirma nunca ter recebido notificações do Instagram. O primeiro contato da plaforma já foi para bloquear o perfil.
Na conta, com quase 40 mil seguidores, ele falava sobre a redução de danos no uso de drogas, mostrava plantações legalizadas de maconha no Brasil e também discutia outras de suas pautas, como sobre mobilidade e moradia.
Nas normas da comunidade, o Instagram informa o seguinte:
Não é permitido comprar ou vender medicamentos sujeitos a receita médica ou drogas não medicinais (...) Também removemos conteúdos que tentem comercializar, doar, oferecer, pedir ou coordenar o comércio de drogas não medicinais, bem como conteúdos que admitam a utilização pessoal (exceto quando inserido num contexto de recuperação), coordenem ou promovam a utilização de drogas não medicinais
Instagram, em suas Normas da Comunidade
Moura rebate e argumenta que suas postagens faziam uma discussão política da maconha.
Não fazemos propaganda de nenhuma marca. É um debate político protegido pela ADPF 187/2011 do STF [Supremo Tribunal Federal], que não só permitiu que a Marcha da Maconha acontecesse mas entendeu que o debate político usando símbolos e a paalavra 'maconha' não consiste em apologia à droga
Dário Moura
A decisão citada pelo candidato foi tomada pelo STF para dar o direito de defender a legalização da maconha. A corte considerou que a manifestação é abraçada pela liberdade de expressão.
A lei eleitoral prevê que qualquer cerceamento político é um crime
Dário Moura
Ele avalia entrar ainda nesta quarta-feira (28) com processos judiciais no TRE-MG e na Justiça civil.
Maconha medicinal liberada
O candidato diz que sua proposta é trabalhar para Belo Horizonte oferecer na rede municipal do SUS medicamentos à base de canabidiol, como já ocorre em cidades como Salvador (BA), Porto Alegre (RS), Cuiabá (MS) e Volta Redonda (RJ).
Desde janeiro de 2024, esses medicamentos e outros compostos da cannabis medicinal são distribuídos na rede do SUS do Estado de São Paulo, após regulamentação da lei nº 17.618.
Segundo a Secretaria de Saúde paulista, os principais beneficiários são pacientes com as síndromes de Dravet e de Lennox-Gastaut, formas graves de epilepsia, e com esclerose tuberosa, doença que causa tumores benignos.
Reportagem
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