Reverter isso, claro, traria benefícios em termos de saúde e qualidade de vida e a questão, se levada a um contexto mais amplo, também traria ganhos ambientais para o planeta como um todo.
No ar
Segundo dados do IQAir, uma empresa suíça especializada em monitoramento da qualidade do ar, a poluição atmosférica foi responsável por 15 mil mortes em São Paulo no ano de 2020. Isso ocorre de diversas formas, como doenças cardíacas, respiratórias, renais e até cognitivas. Além disso, a emissão de poluentes contribui com as mudanças climáticas.
O ar poluído é uma "dobradinha" do ozônio troposférico com as PM2,5, partículas inaláveis com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros (aproximadamente um quarto da espessura de um fio de cabelo). Nas grandes cidades, são emitidas principalmente pela queima de combustível nos carros. Mas existem outras fontes, como o sal carregado pela água do mar evaporada, queimadas e até interações químicas de gases no ar. As PM2,5 também conseguem "driblar" nossas defesas nasais.
O ozônio troposférico, por sua vez, não tem um emissor específico. Ele se forma devido à interação entre outros gases: os óxidos de nitrogênio (conhecidos por NOx, resultantes da combinação de monóxido de nitrogênio e dióxido de nitrogênio), os compostos orgânicos voláteis (COVs) e a luz do Sol.
O NOx vem principalmente da queima de combustíveis e dos carros da cidade. Os COVs já têm uma gama enorme de fontes, como a deterioração de materiais orgânicos. Em São Paulo, exemplos de emissores são os rios Pinheiros e Tietê, além da própria vegetação.