IBC-Br de junho confirma economia aquecida, mas tendência é ritmo arrefecer

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O crescimento de junho, e do segundo trimestre, deve ser considerado ainda mais robusto depois das revis moderarões de meses anteriores, apresentadas pelo BC juntamente com os resultados de junho. Houve revisões positivas para o crescimento em todos os meses do primeiro semestre. Em maio, por exemplo, a expansão foi de 0,41%, e não de 0,25% como divulgado na época.

Tomando como base a média móvel trimestral, que aproxima os resultados do IBC-Br aos do PIB (Produto Interno Bruto), no trimestre encerrado em junho, a atividade registrou expansão de 2,8% sobre o segundo trimestre de 2023, e de 1% sobre o primeiro trimestre de 2024.

O impulso na atividade econômica transmitido pelo crescimento no segundo trimestre indica avanço do PIB em 2024 de 2,9%. Com as projeções de recuo do IBC-Br em julho e em outros meses, neste segundo semestre, o ritmo de atividade está sendo compatível com as estimativas de crescimento da economia em torno de 2,5%, neste ano.

Transferências e massa salarial

Analistas têm seguidamente destacado a "resiliência" da atividade em 2024. Entre eles, contudo, não são muitos os que reconhecem que a expansão dos gastos públicos é um outro lado da moeda desse crescimento. O avanço dos gastos não é a única explicação para o impulso na atividade, mas certamente é uma delas.

A expansão fiscal forte na pandemia, que gerou poupanças acumuladas gastas ao longo do tempo, foi reforçada por novo e forte crescimentos das despesas públicas, principalmente pela via das transferências de renda e de obras públicas, em 2023, com base na PEC da Transição. O ritmo de gastos continuou acelerado em 2024, com alta de 10,5% de janeiro a junho, na comparação com o mesmo período do ano passado, e de 15% no acumulado em 12 meses até junho.

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