Durante discurso no Fórum Empresarial Brasil-Japão, nesta quarta-feira (26), em Tóquio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lamentou a goleada da seleção brasileira por 4 a 1 contra a Argentina, em partida válida pela 14ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.
“Hoje é um dia feliz e triste para mim. Feliz porque estou no Japão, país com quem o Brasil mantém relações diplomáticas há 130 anos e país que tem muita responsabilidade com o atual estágio de desenvolvimento do Brasil – tanto na indústria e tecnologia como na agricultura”, disse Lula.
“Nós, brasileiros, não poderemos esquecer nunca o que o Japão fez no Cerrado brasileiro, fazendo uma extraordinária revolução para que o Brasil se transformasse em um dos mais importantes países agrícolas e exportadores de alimentos”, continuou. “E triste porque o Brasil perdeu de 4 a 1 da Argentina nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. E também triste porque acharam que eu sou baixinho e colocaram um banco aqui para eu ficar mais alto, quando eu não sou tão baixo assim”, afirmou o presidente, em tom de brincadeira.

A declaração de Lula ocorre após um dos momentos mais vexatórios da história recente da Seleção Brasileira. A derrota em Buenos Aires foi o pior revés do time desde o 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da Copa de 2014, e também a maior goleada sofrida diante dos argentinos em 61 anos.
Em 1964, pela Taça das Nações — torneio organizado pela então CBD (atual CBF) — a Argentina venceu o Brasil por 3 a 0 no Pacaembu, em São Paulo. Pelé estava em campo naquela ocasião, mas não foi suficiente para evitar a derrota. Os gols foram marcados por Roberto Telch (2) e Ermindo Onega.
Com presença de autoridades e empresários, o Fórum Empresarial Brasil-Japão é voltado ao fortalecimento das parcerias comerciais entre os dois países, com foco em tecnologia, sustentabilidade, infraestrutura e agronegócio — setor que Lula fez questão de destacar na sua fala como exemplo do impacto positivo da cooperação japonesa no desenvolvimento brasileiro, e pregou parcerias para o etanol e a Embraer.