O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta quinta-feira (22) que o governo vai conversar com o Congresso sobre a possibilidade de a sabatina do nome a ser indicado à presidência do Banco Central ocorrer no Senado durante o “recesso branco” dos parlamentares, que estão trabalhando em ritmo reduzido antes das eleições municipais de outubro.
“Tudo está programado para uma conversa entre Senado e Planalto sobre a possibilidade de fazermos a sabatina durante esse processo de recesso branco, vamos dizer assim. Exatamente para evitar qualquer tipo de problema com eles”, disse Haddad a jornalistas no ministério.
Segundo o ministro, a previsão para o anúncio dos indicados depende da “simpatia” do Senado em relação ao tema.
Haddad disse acreditar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tem o nome do novo presidente do BC “em mente” e que ele já pediu sugestões para os outros cargos que vagarão na diretoria da autarquia.
Segundo sete fontes ouvidas pela Reuters, o atual diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, está bem consolidado para substituir o presidente do BC, Roberto Campos Neto, que está no posto desde 2019, por indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro, e tem mandato até o fim deste ano.
Segundo Haddad, o anúncio da indicação para a chefia da autoridade monetária não necessariamente ocorrerá em conjunto com o dos novos diretores, que terão que ser apontados pelo governo até o final do ano, pois as demais indicações dependeriam de espaço disponível na agenda de Lula para conhecer os nomes cotados.