Para o secretário, a decisão está alinhada ao governo Donald Trump. Ele argumenta que a empresa vai "atuar politicamente no âmbito internacional" junto à nova gestão, que assume em 20 de janeiro, contra "países que buscam equilibrar direitos no ambiente online", como Brasil, membros da União Europeia e Austrália.
A declaração [de Zuckerberg] é explícita, sinaliza que a empresa não aceita a soberania dos países sobre o funcionamento do ambiente digital e soa como antecipação de ações que serão tomadas pelo governo Trump.
João Brant, secretário de Políticas Digitais de Lula
Zuckerberg tem feito vários acenos a Trump. O executivo se encontrou com o presidente eleito dos EUA em novembro de 2024. Antes do jantar, o criador do Facebook afirmou, segundo a Fox News, que "deseja apoiar a renovação nacional da América sob a liderança do presidente Trump".
"Meta vai asfixiar financeiramente as empresas de checagem de fatos", afirma Brant. Segundo ele, isso vai acontecer porque a medida "afetar as operações delas dentro e fora das plataformas".
Comunicado alinhado a Trump
Zuckerberg publicou o anúncio por meio de vídeo no Instagram. Com mais acenos nominais a Trump, ele acusou as agências de checagem de serem "enviesadas politicamente" e "destruírem a confiança" dos cidadãos.