Governo brasileiro avalia enviar Mauro Vieira à Venezuela

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Possibilidade vem sendo discutida desde a semana passada, após Lula ter conversado com os presidentes da Colômbia (Gustavo Petro) e do México (Andrés Manuel López Obrador)

Alex Ferro/G20

Mauo Viera fala no G20

Ida de Mauro Vieira à Venezuela precisa do aval de Lula

O governo brasileiro está considerando enviar o chanceler Mauro Vieira à Venezuela para mediar o conflito pós-eleitoral no país. A possibilidade vem sendo discutida desde a semana passada, após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversar com os presidentes da Colômbia (Gustavo Petro) e do México (Andrés Manuel López Obrador). Os três países emitiram uma nota conjunta pedindo que a Venezuela apresente as atas da votação eleitoral ocorrida há mais de uma semana. Até o momento, o governo de Nicolás Maduro e o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela não divulgaram essas atas, o que tem gerado pressão da comunidade internacional.

A decisão final sobre o envio de Mauro Vieira cabe ao presidente Lula, que ainda não deu sinal verde. Atualmente, Lula está no Chile, e há expectativa de que ele discuta a situação venezuelana com o presidente chileno. O Chile já se posicionou de forma mais dura, pedindo a liberação das atas e questionando o resultado anunciado. O Brasil, por outro lado, mantém postura mais cautelosa. Lula já declarou que não viu “problemas graves” no processo eleitoral que reelegeu Maduro, embora reconheça a necessidade da divulgação das atas. O petista tem evitado contato direto com Maduro, apesar de o líder venezuelano ter solicitado a intermediação do governo brasileiro. Em vez disso, o Brasil enviou Celso Amorim para conversas preliminares.

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A oposição venezuelana já apresentou 24 mil atas, que foram verificadas por diversos veículos e governos internacionais, dificultando qualquer tentativa de falsificação por parte do governo Maduro. A diplomacia brasileira acredita que a mediação conjunta com México e Colômbia é a forma mais eficaz de influenciar uma transição pacífica ou, no mínimo, mediar o conflito para evitar o caos social na Venezuela.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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