O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva emitiu um comunicado na noite de quinta-feira (5) informando que o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi convocado a dar explicações sobre acusações de assédio.
A nota da Secretaria de Comunicação da Presidência da República declara que Almeida foi chamado para prestar esclarecimentos ao ministro-chefe da Controladoria Geral da União (CGU), Vinicius de Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias.
No comunicado, a Secom afirma que o próprio Silvio Almeida disse que enviará um ofício à CGU e ao Ministério Público solicitando esclarecimentos sobre o caso. A Comissão de Ética da Presidência da República também decidiu iniciar uma investigação.
Continua depois da publicidade
“O governo federal reconhece a gravidade das denúncias. O caso está sendo tratado com o rigor e a celeridade que situações que envolvem possíveis violências contra as mulheres exigem”, diz o comunicado.
A manifestação da Secom não menciona a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. De acordo com o site Metrópoles, ela também teria sido alvo de assédio. Anielle não se pronunciou.
Segundo a coluna de Mônica Bergamo, no jornal Folha de S.Paulo, a ministra relatou a integrantes do governo que havia sido assediada sexualmente por Almeida. De acordo com seus interlocutores, ela não queria transformar o caso em um escândalo público para não prejudicar o governo Lula. Ela foi procurada por mais de um jornalista no período, mas preferiu guardar silêncio e não formalizou a denúncia.