França pagará novos implantes a pacientes com câncer de mama

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Os deputados franceses votaram unanimemente na madrugada desta quarta-feira (29) para que as pacientes de câncer de mama não paguem do próprio bolso por novos implantes ou tatuagens médicas após uma mastectomia. A Assembleia Nacional aprovou uma lei para que a Segurança Social assuma uma maior parte do custo dos cuidados associados ao tratamento do câncer, após a aprovação do Senado em outubro.

A presidente da Assembleia, Yaël Braun-Pivet, declarou este mês que foi diagnosticada com câncer de mama há três anos e que está se su bmetendo a uma terapia hormonal.

Entre as pacientes que passam pela mastectomia, muitas optam por reconstruir o seio depois, com um implante. Embora ele possa permanecer no lugar por muitos anos sem problemas, algumas mulheres precisam de uma substituição.

Segundo a lei aprovada, o Estado reembolsará integralmente qualquer novo implante mamário, uma tatuagem médica da aréola e do mamilo, ou um sutiã adaptado. De modo geral, essas medidas visam ajudar a reduzir o desconforto com a imagem corporal e melhorar a saúde mental após a extirpação mamária.

A legislação também pretende aliviar os custos da reconstrução mamária inicial, adaptando a cobertura da segurança social para abranger os honorários mais altos solicitados por alguns médicos. Até agora, os custos adicionais faziam com que 15% das pacientes não pudessem se permitir a extirpação de um seio, explicou o relator da lei, o deputado Yannick Monnet. Em média, as pacientes tinham que pagar do próprio bolso 1.400 euros (cerca de R$ 8.540) em taxas adicionais e outros cuidados, um valor alto para as mulheres com menores rendimentos.

Com a nova lei, a Segurança Social também pagará parte do custo dos cremes contra ressecamento e do esmalte de unhas para evitar sua queda durante o tratamento, assim como o atendimento psicológico e a fisioterapia.

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), 670 mil mulheres morreram de câncer de mama em 2022, o tipo de câncer mais comum entre as mulheres na maioria dos países.

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