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Discussões, notícias e reflexões pensadas para mulheres
São ao menos 85 mil adultas e jovens assassinadas de forma intencional no mundo em 2023, prática conhecida como feminicídio.
Segundo o relatório, nas Américas e na Europa, os feminicídios são cometidos majoritariamente pelo parceiro, enquanto no resto do mundo outros membros da família são os mais envolvidos nos crimes.
Muitas dessas mortes seriam evitáveis, segundo o estudo, uma vez que várias dessas mulheres relataram ter sofrido violência física, sexual ou psicológica antes.
Desde 2010, a taxa de feminicídios estagnou ou diminuiu levemente nas regiões em que é possível avaliar tendências. Segundo o estudo, isso sugere que é uma forma de violência enraizada e difícil de erradicar.
No Brasil, o cenário não é mais esperançoso. A repórter Mariana Zylberkan discutiu uma pesquisa do Instituto Patrícia Galvão que diz que 6 em cada 10 mulheres do país dizem conhecer ao menos uma vítima que foi ameaçada de morte pelo parceiro.
Das entrevistadas, 1.353 mulheres com mais de 18 anos, 19% dizem já ter sido elas mesmas ameaçadas dentro de casa.
Aqui, desde 2006 vigora a lei Maria da Penha, nomeada em homenagem a uma sobrevivente de violência doméstica que ficou paraplégica depois que seu marido tentou matá-la enquanto ela dormia, em 1983.
Depois que saiu do hospital, ela voltou para a casa em que viviam, onde foi mantida em cárcere privado. O marido dela foi julgado em 1991. Não foi preso até 2002.
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