Fazenda criará Desenrola Parcelamentos e vê fôlego fiscal ao longo dos anos

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"Mas o interesse maior é regularizar essas contas passadas, reduzir o contencioso em relação a esses parcelamentos e reduzir o custo operacional de manutenção e controle", acrescentou.

A área técnica da Fazenda chegou a incluir o programa na Medida Provisória que buscava compensar a desoneração da folha de setores da economia, mas ele acabou saindo do texto antes do envio formal ao Congresso, sob avaliação de que seria necessário aguardar o momento político adequado, segundo os relatos.

Em meio a uma desaceleração das atividades no Congresso por conta das campanhas às eleições municipais deste ano, essa autoridade afirmou ser mais provável que o programa seja proposto pelo governo em 2025, incrementando o Orçamento do próximo ano.

Até o momento, a equipe econômica afirma que será possível atingir a meta de déficit primário zero de 2024, que será considerada cumprida se as contas ficarem dentro da margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do PIB. Para isso, foi anunciado um congelamento de R$ 15 bilhões em verbas de ministérios, o que deve levar o resultado do ano a um déficit de R$ 28,8 bilhões, no limite inferior da tolerância.

Para o ano que vem, a meta também é de déficit zero, após ter sido flexibilizada pelo governo, mas o resultado ainda é considerado desafiador em meio ao expressivo crescimento das despesas com Previdência e benefícios sociais. Para alcançar o objetivo, a equipe econômica prometeu cortar gestos obrigatórios com a revisão de cadastros de programas e busca por fraudes.

Mesmo com as travas nos gastos, no entanto, o mercado ainda não acredita que os alvos serão alcançados, projetando que o governo fechará 2024 e 2025 com déficits de 0,70% do PIB, segundo o mais recente boletim Focus do Banco Central.

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