Ex-vocalista dos ícones britânicos do punk Sex Pistols, John Lydon fez uma defesa contundente de Israel e rotulou o Hamas de "exterminadores de judeus" em uma entrevista nesta semana.
Em conversa com o jornal Irish Independent, o músico, conhecido pelo nome artístico de Johnny Rotten, rejeitou críticas por ter se apresentado em Tel Aviv em 2010 com sua banda pós-Sex Pistols, Public Image Ltd. Questionado se tocaria em Israel novamente, ele respondeu que tocou "para seres humanos de verdade, não para um bando de políticos".
"Naquela época, havia muitos cidadãos árabes, e eles tinham os mesmos direitos que um judeu. O país é mais heterogêneo do que você é levado a acreditar; não é só 'judeus', longe disso. Havia muitos muçulmanos na plateia quando toquei lá. Isso foi especial porque nenhuma nação muçulmana me convidou, nunca", afirmou.
Questionado sobre o vídeo gerado por inteligência artificial e divulgado pelo presidente americano Donald Trump , que imagina uma Gaza reconstruída com praias paradisíacas e arranha-céus, o cantor disse que a oportunidade econômica pode ser uma boa possibilidade para a região, mas não enquanto o Hamas estiver no controle.
"O Hamas é basicamente um exterminador de judeus. Esse é o seu único propósito real —eles não corrigem o meio ambiente para seus cidadãos."
Lydon também acusou os críticos de esquerda de deturparem Israel. "Isso é mais um passo em direção à paz mundial do que estudantes de esquerda chamando o Estado judeu de regime fascista. Sério? Já nos esquecemos da Segunda Guerra Mundial tão rápido? Nunca se esqueça do Holocausto. Algumas pessoas más tentaram exterminar uma raça inteira de seres humanos."
Os Sex Pistols vão tocar em São Paulo, no festival The Town, em setembro, com três de seus integrantes originais —Paul Cook, Steve Jones e Glen Matlock— e o vocalista Frank Carter. Lydon se recusa a tocar com a banda novamente, e disse que a reunião se parece com um karaokê.