Evolução da taxa de câmbio no segundo trimestre preocupa indústria

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Tema ocupava a 17ª posição em ranking elaborado pela CNI, mas subiu para a 4ª posição; mudança significativa está relacionada à intensa desvalorização do real

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Foto da linha de produção de automóveis

Confederação Nacional da Indústria divulgou ranking com as principais preocupaçõe do setor

A taxa de câmbio foi identificada como um dos principais problemas enfrentados por quase 20% das empresas industriais no segundo trimestre de 2024, de acordo com um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI). No último levantamento, a taxa de câmbio ocupava a 17ª posição entre os problemas mais citados, mas subiu para a quarta posição no ranking atual. Marcelo Azevedo, gerente de análise econômica da CNI, explicou que essa mudança significativa no ranking está relacionada à intensa desvalorização do câmbio ocorrida entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano. Além da taxa de câmbio, o levantamento da CNI também avaliou a satisfação das empresas com suas condições financeiras, incluindo lucro e acesso ao crédito.

A insatisfação com o lucro e a dificuldade de acesso ao crédito permaneceram significativas, com índices de satisfação muito abaixo da linha de 50 pontos, que indicaria uma avaliação normal dessas condições. Azevedo destacou que a desvalorização do câmbio teve um impacto direto nas preocupações dos empresários, refletindo-se na posição elevada da taxa de câmbio no ranking de problemas. Os três principais problemas apontados pela indústria foram a elevada carga tributária, citada por 35,5% das empresas, a demanda interna insuficiente, mencionada por 26,3%, e a falta ou alto custo de matéria-prima, apontada por 23,1%. A taxa de câmbio, com 19,6%, ficou logo em seguida.

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Esses problemas não afetam apenas as empresas industriais, mas também têm um impacto direto na inflação, afetando todos os brasileiros. A situação econômica atual, marcada pela desvalorização do câmbio, coloca um desafio adicional para as empresas industriais, que já enfrentam uma série de dificuldades. A combinação de alta carga tributária, demanda interna insuficiente e custos elevados de matéria-prima cria um ambiente de negócios complexo e desafiador. A necessidade de políticas econômicas eficazes e de suporte governamental torna-se ainda mais evidente para mitigar esses problemas e promover um ambiente mais favorável para o crescimento industrial.

*Com informações da repórter Beatriz Manfredini

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