Estão abertas a partir desta segunda-feira (3) as inscrições para a 16ª edição do Prêmio Octavio Frias de Oliveira. A iniciativa do Icesp (Instituto do Câncer do Estado de São Paulo) em parceria com a Folha tem como objetivo estimular a produção de conhecimento sobre câncer no Brasil.
Os pesquisadores em oncologia podem se inscrever até 16 de maio deste ano por meio do site Prêmio Octavio Frias, onde também estão disponíveis informações sobre regras de participação.
O prêmio, criado em 2010, homenageia Octavio Frias de Oliveira, publisher da Folha, morto em 2007.
Neste ano, a premiação tem duas categorias: Pesquisa em Oncologia e Inovação Tecnológica em Oncologia.
A primeira é reservada a pesquisas que geram conhecimento sobre o câncer e suas possíveis formas de tratamento. Podem ser inscritos trabalhos originais publicados em revistas científicas em 2023 e 2024 cujo autor ou autora principal atue em instituição de pesquisa e/ou de ensino nacional.
No ano passado, na categoria Pesquisa em Oncologia, venceram as pesquisadoras Patrícia Martins, 42, e Katia Morais, 44, do Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein. Elas foram premiadas por um trabalho que avaliou a resposta imune de pacientes que receberam diagnóstico de câncer de colo do útero, analisando a diferença entre quem respondeu ao tratamento e quem não respondeu a partir da identificação de componentes do sistema imunológico.
Já na categoria Inovação Tecnológica em Oncologia podem concorrer os trabalhos originais publicados em revistas científicas ou patentes depositadas de 2023 a 2024 que apresentam um potencial produto ou processo inovador para diagnóstico do câncer ou seu tratamento. Também aqui o autor/inventor precisa atuar em instituição de pesquisa e/ou de ensino do país.
EM 2024, venceram Renata Nacasaki Silvestre, 34, e Virgínia Picanço e Castro, 48, do Hemocentro de Ribeirão Preto da USP (Universidade de São Paulo). Elas trabalharam com células do sistema imune, chamadas de NK (natural killers).
Essas células atacam as tumorais naturalmente, mas a ideia das pesquisadoras foi potencializar o efeito por meio de uma modificação genética com um receptor artificial construído no Hemocentro de Ribeirão Preto. O grupo detectou nas células com modificação genética um efeito antitumoral superior ao verificado nas células sem modificação.
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Além das pesquisas, será premiada uma Personalidade de Destaque na área da oncologia. Na 15ª edição, o prêmio foi concedido ao oncologista Gilberto Schwartsmann, orientador e professor titular de Oncologia na Faculdade de Medicina da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul). Dentre suas contribuições, formou um grande número de oncologistas, com cerca de cem orientações em mestrado e doutorado na área.
A escolha dos vencedores é feita por uma comissão formada por representantes do Icesp, da Faculdade de Medicina da USP, do Hospital das Clínicas, da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), da Academia Nacional de Medicina, da Academia Brasileira de Ciências, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, da Fosp (Fundação Oncocentro de São Paulo) e da Folha.
Os premiados nas três categorias receberão R$ 20 mil cada e um certificado. A premiação ocorrerá em 5 de agosto no auditório do Icesp. O horário ainda não foi divulgado.