Estado de São Paulo registra sua primeira morte por dengue em 2025

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O estado de São Paulo registrou a primeira morte confirmada por dengue no estado neste ano, segundo o Ministério da Saúde.

A morte aconteceu no município de Birigui, município a cerca de 500 km da cidade de São Paulo. Segundo dados da pasta, ainda há 45 mortes pela doença em investigação desde o início do ano no estado.

Entre as mortes investigadas, está a de um médico de 67 anos em Presidente Prudente, município a cerca de 550 km da capital.

De acordo com boletim do hospital, a vítima deu entrada com dengue no domingo (5). Na terça (7), exames confirmaram a dengue grave. O paciente foi internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com comprometimento pulmonar e morreu na quarta (8).

O Hospital Unimed Presidente Prudente lamentou a morte do ortopedista Ricardo Zuniga Mattos. Em nota, pontua que a causa definitiva será determinada pelo setor de vigilância em saúde do município. A prefeitura de Presidente Prudente não se pronunciou sobre o caso.

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A primeira morte por dengue registrada no Brasil em 2025 foi em Mazagão, no Amapá. O Ministério não informou as datas dos óbitos.

Aumento de casos no estado

Desde o início de 2025, o número de casos de dengue no estado de São Paulo já é maior do que nas duas primeiras semanas de 2024, segundo o painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde.

No ano passado, foram 16.291 casos sob investigação na primeira semana. Neste ano, já são 28.402, segundo a Saúde.

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo afirma que está monitorando a dengue e capacitando agentes de saúde no controle do Aedes aegypti com apoio técnico e repasse de inseticidas.

Nesta quarta (15), o governo paulista confirmou ter identificado a circulação do sorotipo 3 da dengue. A variação preocupa infectologistas, já que pessoas com anticorpos temporários ao tipo 1 e 2 da dengue continuam vulneráveis ao tipo 3.

A nova cepa reapareceu no país em 2023 —na ocasião, a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) firmou que o país não registrava epidemias da doença provocadas pelo sorotipo 3 há mais de 15 anos—, e circulou também em 2024 e deve avançar neste ano.

Em nota, o Ministério da Saúde afirma que fez um acréscimo de 50% no orçamento destinado ao controle da dengue no país, em um total de R$ 1,5 bilhão e fez envio para regiões prioritárias no combate às arboviroses no país, com a dengue, zika, chikungunya e oropouche.

"O Ministério da Saúde mantém diálogo constante com as secretarias de saúde e, nesta semana, foram enviadas equipes para o Vitória (ES), São José do Rio Preto (SP), Foz do Iguaçu (PR) e Acre (reunião com gestores do estado e dos municípios de Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó e Rio Branco)", afirma a pasta.

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