O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, após ele afirmar que não existe “imunidade absoluta” de parlamentares, em resposta ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), na última quarta-feira (4).
A crítica veio na forma de uma publicação na rede social X (antigo Twitter), na quinta-feira (5): “Era só o que faltava: o diretor-geral da Polícia Federal agora acha que pode ‘rebater’ e ensinar ao presidente da Câmara dos Deputados o que é imunidade parlamentar o que é liberdade de expressão e o que os deputados podem ou não falar na tribuna”, disse Bolsonaro.
Sem mencionar diretamente o nome de Andrei Rodrigues, Bolsonaro afirmou que o chefe da PF está “se intrometendo em questões internas ao Legislativo” e “afrontando” a “a palavra livre dos representantes do povo”.
Continua depois da publicidade
Em seguida, o ex-presidente prestou solidariedade a Arthur Lira e aos deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), seu filho, Marcel van Hattem (Novo-RS) e Cabo Gilberto (PL-PB).
No fim de novembro, Marcel van Hattem e Cabo Gilberto Silva foram indiciados pela PF após atacar o delegado Fábio Schor em discursos na Câmara dos Deputados. O policial atuou nos inquéritos que indiciaram Bolsonaro, além de militares e políticos da oposição.
Após os indiciamentos, o presidente da Câmara defendeu os deputados e disse que a Casa iria “aos últimos limites” para que “responda por abuso de autoridade quem infringir a capacidade dos parlamentares”.
Continua depois da publicidade
Na mesma ocasião em que disse não existir imunidade absoluta, o chefe da PF disse que críticas do presidente da Câmara não afetarão investigação contra deputados. “Atrapalhar, zero. Nós não vamos afastar um milímetro daquilo que nos pauta, que é a Constituição e as leis. Isso é o que pauta todas as nossas investigações e nos dá a capacidade de dar respostas ao sistema de justiça criminal”, afirmou Rodrigues.
(Com Estadão Conteúdo)