Apesar do aumento da receita no país, as despesas crescem ainda mais. O Ministério da Fazenda tem comemorado arrecadações recordes neste ano, mas os gastos, com programas, investimentos e no funcionalismo público, também não param de crescer.
O Congresso também derrubou iniciativas de Haddad para reduzir gastos. O ministro tentou negociar uma mudança na cobrança de créditos do PIS Cofins, mas o projeto foi devolvido pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O mercado, por sua vez, espera que o governo desate esse nó. O pedido para derrubar o veto sobre as desonerações, por exemplo, está no STF.
Cortes anunciados anteriormente pelo governo são insuficientes. O governo espera economizar até R$ 30 bilhões em 2025 com um pente-fino em benefícios sociais. A ideia é revisar as listas de beneficiários que recebem irregularmente o Bolsa Família e o BPC, o salário mínimo pago a idosos com mais de 65 anos e pessoas de baixa renda com algum tipo de deficiência.
Dólar atinge nível recorde. O mercado financeiro país aguarda há meses o anúncio de cortes do governo. Na quarta-feira, a moeda americana, que não para de subir, atingiu R$ 5,91.
Longa negociação
O governo negociou com 11 ministérios. Na segunda-feira (25), Lula e Haddad se reuniram com os comandantes da Casa Civil, da Defesa, da Agricultura e Pecuária, da Educação, da Saúde, de Minas e Energia, da Gestão e da Inovação em Serviços, da Ciência, Tecnologia, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar e da Secretaria de Comunicação Social para apresentar o texto do pacote de ajuste fiscal.