Empresa diz que seguradoras devem gastar US$ 151 bilhões por ano com desastres naturais

há 4 meses 16

As seguradoras no mundo deve gastar mais de US$ 151 bilhões por ano devido a catástrofes naturais e a cifra pode ser ainda maior em anos com mais desastres, de acordo com uma previsão de empresa de risco.

Segundo a Verisk, a nova estimativa destaca os desafios das mudanças climáticas e da expansão urbana, com o setor de seguros vendo aumentar as reivindicações de propriedades devido a desastres naturais, o que elevou o custo da cobertura e fez com que as seguradoras recuassem de algumas áreas de risco.

A Verisk, uma das grandes empresas de modelagem de risco cujos modelos são usados em todo o setor de seguros e resseguros, disse na terça-feira (3) que sua perda média esperada para o setor aumentou de patamar.

O presidente da Verisk, Rob Newbold, disse que os últimos quatro anos, considerados difíceis para o setor, "não devem ser vistos como exceções".

"Nossos modelos mostram que a indústria de seguros deve estar preparada para experimentar perdas anuais totais seguradas de US$ 151 bilhões (R$ 844,2 bilhões) em média, e bem mais do que isso em anos de grandes perdas", acrescentou. A cifra inclui perdas de safras; sem essas, a previsão é de US$ 119 bilhões (R$ 665,3 bilhões).

Newbold comentou que a Verisk espera que a indústria possa usar a previsão para "se preparar para anos de grandes perdas e estar melhor posicionada para gerenciar esses anos desafiadores sem arriscar sua solvência."

A empresa disse que o aumento nas perdas tem vários fatores, destacando o impacto das mudanças climáticas, a elevação da exposição à medida que as populações crescem em áreas de risco e a inflação nos custos de reconstrução.

A Verisk disse que "detectar o sinal" das mudanças climáticas no crescimento das perdas globais é desafiador, em parte devido a outros fatores nos dados, como a inflação variável e a variabilidade natural nos eventos climáticos.

Folha Mercado

Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes.

A companhia afirmou que as mudanças climáticas eram atualmente o fator menor no aumento das perdas, mas espera que esse impacto se torne mais significativo nas próximas décadas.

"As mudanças climáticas afetam todos os perigos atmosféricos, incluindo ciclones tropicais, mas seu impacto é mais imediato e pronunciado em incêndios florestais, inundações e tempestades severas", disse a Verisk em seu relatório.

"Os efeitos sobre incêndios florestais e inundações são relativamente bem compreendidos, enquanto a relação com tempestades severas é cientificamente menos estabelecida."

A Verisk está trabalhando com cientistas para entender melhor o que estava por trás de um ano recorde para tempestades altas nos EUA em 2023.

Leia o artigo completo