A Berkshire Hathaway se tornou a primeira empresa americana fora do setor de tecnologia a ultrapassar US$ 1 trilhão em valor de mercado.
As ações do conglomerado de Warren Buffett subiram pelo terceiro dia seguido nesta quarta-feira (28), e superam os ganhos do S&P 500 no ano graças a resultados fortes do setor de seguros e o otimismo econômico que beneficia várias das companhias na carteira da gigante de investimentos. A alta colocou a empresa com sede em Omaha, a cidade natal do bilionário que completa 94 anos no final de agosto, em um grupo seleto que inclui Apple e Microsoft.
"A Berkshire fez isso de forma mais lenta, mas mais segura", disse Steve Check, fundador e diretor de investimentos da Check Capital Management. Sua empresa tem cerca de US$ 2 bilhões em ativos sob gestão, e a Berkshire é sua maior participação. "É mais difícil ganhar dinheiro à moda antiga."
Buffett passou a maior parte de sua vida transformando a Berkshire Hathaway de uma fabricante têxtil em dificuldades em um império em perpétua expansão. Ele moldou a empresa ao lado amigo e parceiro de negócios Charlie Munger, que morreu em novembro aos 99 anos.
O conglomerado se fortalece com o otimismo em torno de cortes de juros iminentes do Federal Reserve. A confiança do consumidor americano atingiu uma máxima de seis meses em agosto. Os negócios da Berkshire abrangem desde a operadora de paradas de caminhões Pilot Travel Centers até a rede de sorvetes Dairy Queen e a marca de baterias Duracell.
A perspectiva fundamental para os negócios principais da Berkshire não é necessariamente muito mais brilhante daqui para a frente, de acordo com o analista da Bloomberg Intelligence Matthew Palazola, mas a empresa ostenta uma carteira "para o que der e vier".