Peixe voltou a usar a camisa 10 eternizada pelo Rei, que foi preservada durante a campanha na segunda divisão; com a derrota, técnico Fábio Carille foi hostilizado
MAURÍCIO DE SOUZA/DIÁRIO DO LITORAL/ESTADÃO CONTEÚDO
Diego Pituca, do Santos, exibe a camisa 10 do Rei Pelé antes da partida entre Santos e CRB, na Vila Belmiro
O Santos entrou em campo neste domingo (17) com o acesso garantido e, de quebra, já campeão da Série B, após o Novorizontino tropeçar em casa contra o Paysandu no dia anterior. Em um clima de festa, a torcida desvirou as faixas — que haviam sido viradas em protesto pelo rebaixamento — e homenageou Pelé, selando a volta da camisa 10, preservada durante a campanha na segunda divisão nacional. A torcida, no entanto, contava com uma boa exibição alvinegra e ficou extremamente frustrada com a derrota por 2 a 0 para o time alagoano. Revoltados, os presentes na Vila Belmiro pediram a saída de Fábio Carille e xingaram o técnico.
O Peixe começou sonolento e viu Facundo Labandeira abrir o placar aos 16 minutos, após receber livre, driblar o goleiro Gabriel Brazão e empurrar para o gol vazio. No restante do primeiro tempo, o time santista teve volume e criou chances na bola parada de Otero e em raras jogadas individuais de Guilherme. O futebol, porém, deixou a desejar, o que inflamou a torcida. A paciência da Vila se esgotou de vez quando Otero saiu para a entrada de Laquintana. A partir daí, Carille passou a ser hostilizado a todo momento.
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O segundo tempo santista foi ainda pior que o primeiro. E a água entrou no chope de vez na festa do título quando Kleiton aumentou a vantagem do CRB, aos 19 minutos. Em bola esticada para a frente, a defesa alvinegra rebateu mal e Anselmo Ramon conseguiu dar uma assistência de cabeça. Livre, o camisa 75 alvirrubro não perdoou. Sob vaias, os jogadores do Santos comemoram timidamente o título durante a cerimônia de premiação. O Peixe está de volta à Série A, mas não deverá entrar em 2025 com o mesmo time que encerrou 2024. A começar pela comissão técnica.