Em feira vitrine na Expointer, cavalo da raça crioulo chega a R$ 22 milhões

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Entre a prole de Hermoso há dois ganhadores do Freio de Ouro, dois Grandes Campeões de Esteio e um Grande Campeão da FICCC, exposição itinerante da raça, que ocorre a cada três anos, entre criadores de Brasil, Uruguai, Paraguai e Argentina, além de uma neta Freio de Prata.

''Tudo isso vai somando e vai agregando a ele, para você querer ter essa genética no teu plantel'', afirma o proprietário dele, Lauro Varela Martins, da Cabanha Porto Martins. ''O Hermoso, como indivíduo, foi um cavalo normal. Ele se super valorizou como pai. É um cavalo importante e todo criador que faz investimento genético quer ter na sua manada uma filha, um filho, uma neta.''

O cavalo crioulo mais caro vendido até hoje foi Equador de Santa Edwiges, que foi arrematado aos dez anos por quase R$ 7 milhões, em 2017. Em um golpe de azar do negócio, ele morreu um mês depois de uma infecção no intestino.

Já o valor de Colibri Matrero, da cabanha uruguaia La Pacifica, cavalo que se tornou lendário depois de vencer três Freios consecutivos, feito inédito e ainda sem ser superado, não é conhecido. Ele nunca foi posto à venda, nem por cotas, e ofertas por ele sempre foram rejeitadas.

A comercialização dos cavalos da raça pode se dar em vários valores e formas. O animal inteiro ou o direito a uma cota, como o caso de Jacinto Cala Bassa, o que permite um número determinado de coberturas por ano. Por cobertura, o sêmen de um garanhão. Por barriga, quando se vende uma gestação e a genética de uma égua para ser cruzada com o cavalo que o comprador escolher. Ou ainda de embriões, a combinação de pai e mãe já determinada.

A ABCCC (Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos), porém, limita o número de coberturas anuais para evitar a vulgarização da genética de um animal. Os chamados cavalos sem mérito podem ter 150 coberturas registradas por ano, enquanto cavalos com mérito podem chegar a 180.

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