O banco central responsável pela proteção da maior economia do mundo está "absurdamente superlotado", escreveu Musk na plataforma de mídia social X nesta segunda-feira (23).
A fala é parte de uma thread iniciada por outra pessoa que postou sobre a mais recente decisão de política do Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA). Musk, um comentarista prolífico nas redes sociais, não expandiu o comentário.
O bilionário se tornou um dos conselheiros mais próximos de Donald Trump enquanto o ex-presidente se prepara para retornar à Casa Branca e está prestes a liderar uma nova agência — chamada Departamento de Eficiência do Governo (Doge, na sigla em inglês) — junto com o empresário Vivek Ramaswamy. O Doge buscará um governo mais enxuto e eficiente, incluindo cortes de gastos de US$ 2 trilhões.
Ao todo, o Conselho do Federal Reserve em Washington e seus 12 bancos regionais de reserva em todo os EUA empregaram cerca de 24 mil pessoas no ano passado. Isso é significativamente menos do que instituições comparáveis. No Eurosystem, que inclui o Banco Central Europeu e os 20 bancos nacionais da região, além dos bancos centrais da Alemanha, França e Itália, juntos tinham mais pessoas em seus quadros.
Ao contrário de muitas partes do governo federal, o banco central dos EUA não recebe financiamento por meio do processo orçamentário do Congresso. Sua receita deriva de suas próprias operações — principalmente dos juros sobre os títulos do governo que adquiriu por meio de operações de mercado aberto.
Em tempos normais, o Fed é uma fonte de receita para o governo. Antes de suas rápidas elevações nas taxas de juros em 2022 — que aumentaram os valores pagos pelo Fed sobre os depósitos e reduziram seu lucro líquido — ele enviava cerca de US$ 100 bilhões por ano em lucros excedentes para o Tesouro.
O Fed tem sido mais amplamente um alvo do presidente eleito Donald Trump no passado por sua condução da política monetária. Durante a campanha, ele argumentou que o presidente deveria ter voz na política monetária e na definição das taxas de juros. Recentemente, ele ridicularizou o papel do presidente do Fed, Jerome Powell, como "o melhor trabalho do governo", dizendo: "Você aparece no escritório uma vez por mês e diz, ‘vamos ver, jogar uma moeda.’"
Embora Powell não tenha respondido diretamente, a presidente do BCE, Christine Lagarde, desafiou as críticas de Trump, convidando-o a vir observar o trabalho de sua equipe em Frankfurt.
"Eu tenho milhares de pessoas trabalhadoras —economistas, juristas, cientistas da computação— e posso garantir que eles trabalham muito todos os dias, não apenas uma vez por mês", disse ela à Bloomberg TV. "Nós defendemos o euro, e lutamos pelo euro, assim como o Fed defende o dólar, tenho certeza — não quero falar pelo Jay Powell, mas tenho certeza de que ele vê seu trabalho dessa forma."