Em 1999, ele vendeu suas franquias de Recife para o Méqui e voltou para São Paulo. Aqui, comprou franquias da rede de fast food nas cidades de São Bernardo do Campo, Santo André e Mauá (todas na região metropolitana de São Paulo). Portanto, no período de 1994 a 2003, ele teve, no total, 23 franquias (7 restaurantes e 16 quiosques) da marca.
No mesmo ano, Souza assumiu o cargo de diretor regional de SP da associação dos franqueados do McDonald's. "O McDonald's é uma grande empresa, e eu tinha um ótimo negócio. Mas esse cargo gerou um desgaste grande meu com a empresa. Teve uma hora que eu cansei e pedi para sair", afirma.
Em 2003, ele tinha 9 franquias (4 lojas e 5 quiosques), vendeu tudo para o Méqui e deixou a rede. "Decidi buscar novas oportunidades para empreender no ramo e acreditei que o Johnny Rockets tinha potencial para fazer sucesso no país", declara. Souza conhecia a rede americana desde 1995, durante viagens frequentes para os EUA.
Batalha judicial para ter a marca no Brasil
Mas um problema jurídico atrasou seus planos por dez anos. Havia um clone da rede aqui no Brasil. Souza diz que, em um primeiro momento, tentou atuar na questão por conta própria, mas não conseguiu. "Deixei em stand-by os planos com o Johnny Rockets e decidi abrir um leque de investimentos em outros projetos de gastronomia", afirma. Entre 2004 e 2013, ele foi dono de franquias de outras marcas de hamburguerias, como Joe&Leo's, Well's American Diners e Well's Grill.
Em 2010, um fundo de investimentos americano comprou o Johnny Rockets nos EUA. Segundo Souza, isso gerou oportunidade para novo contato com a matriz americana e um pedido de ajuda. Junto aos novos donos, ele entrou na Justiça brasileira para recuperar os direitos do nome junto ao Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) —e teve a liberação da licença Johnny Rockets no Brasil em 2011.